Rússia confirma bombardeio a instalações militares em Kiev em resposta a ataques ucranianos

Moscou afirma ter destruído alvos estratégicos ligados à indústria de defesa; Kiev denuncia ataque massivo e cobra ação dos EUA

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou nesta terça-feira (10) a realização de um ataque coordenado com mísseis de precisão e drones de assalto contra diversas instalações industriais e militares em Kiev, capital da Ucrânia. Segundo Moscou, os alvos atingidos incluem fábricas de mísseis, aeronaves, tanques e construção naval, além de centros de comando, depósitos de munições e combustíveis, e bases aéreas militares.

“As metas do ataque foram alcançadas. Todos os alvos designados foram neutralizados”, declarou o Ministério russo, em nota oficial.

A ofensiva ocorre em meio a uma escalada recente de ataques ucranianos dentro do território russo, os quais Moscou classificou como atos “terroristas”, incluindo ações contra a infraestrutura ferroviária e bases aéreas com capacidade nuclear.

Do lado ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky qualificou o bombardeio como “um dos maiores já registrados contra Kiev”, afirmando que o ataque envolveu 315 drones e sete mísseis. Ele relatou que ao menos duas pessoas morreram e treze ficaram feridas, com 19 focos de incêndio identificados em Kiev e na região de Odessa. O líder ucraniano também criticou os Estados Unidos por, segundo ele, se recusarem a adotar uma postura mais firme contra Moscou. “É hora de ações concretas”, disse Zelensky, pressionando por maior envolvimento norte-americano.

As autoridades locais de Kiev informaram que instalações em vários distritos da cidade foram atingidas, incluindo prédios não residenciais e um centro comercial que abrigou anteriormente um consulado britânico. Fontes independentes afirmam que um dos alvos foi a fábrica Artyom, conhecida por produzir equipamentos militares.