Rússia reage a declarações de Trump e reforça afirma ter estratégico no Ártico
- Núcleo de Notícias

- 9 de jan.
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Rússia acompanha com cautela declarações de Trump sobre Canadá e Groenlândia, destacando "a importância do Ártico para sua segurança nacional"

O Kremlin comentou, na quarta-feira (8), as recentes declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de anexar o Canadá e adquirir a Groenlândia, classificando o Ártico como uma região de interesse estratégico para a Rússia.
O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, destacou que, embora as falas de Trump possam levar a "desenvolvimentos dramáticos", no momento são encaradas como declarações políticas.
Trump sugeriu que o Canadá poderia ser incorporado aos Estados Unidos como o 51º estado, afirmando que isso poderia ocorrer pela "força econômica" e seria algo "grandioso". A ideia foi prontamente rejeitada pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que recentemente renunciou ao cargo. Além disso, Trump manifestou interesse em adquirir a Groenlândia, território autônomo da Dinamarca.
O congressista republicano Mike Waltz, indicado por Trump para o cargo de conselheiro de segurança nacional, também entrou no debate, defendendo que os Estados Unidos assumam o controle da Groenlândia por questões de segurança nacional. Waltz destacou a crescente presença russa na região, afirmando que Moscou possui mais de 60 navios quebra-gelo, alguns movidos a energia nuclear, enquanto os EUA contam com apenas dois, um dos quais recentemente avariado.
Em resposta, Peskov enfatizou que o Ártico é uma "zona de interesses nacionais e estratégicos" para a Rússia, destacando que Moscou está acompanhando de perto os desdobramentos políticos e militares na região. Ele afirmou que a Rússia busca preservar a paz e a estabilidade no Ártico, mas não ignorará ações que possam ameaçar seus interesses.
O Ártico tem ganhado crescente relevância geopolítica devido à sua abundância de recursos naturais, rotas marítimas estratégicas e à competição entre potências globais. A tensão na região reflete disputas sobre soberania e controle, especialmente em um cenário de mudanças climáticas que têm facilitado o acesso às áreas antes cobertas por gelo.



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