Rússia retalia após Ucrânia utilizar mísseis Ocidentais

Moscou responde com força a ataques ucranianos em território russo usando armas fornecidas por EUA e Reino Unido

A Rússia lançou uma série de ataques com mísseis contra alvos em Kiev nesta sexta-feira, como resposta ao uso de mísseis norte-americanos e britânicos pela Ucrânia em território russo, informou o Ministério da Defesa russo.

Na quarta-feira, forças ucranianas dispararam seis mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos e quatro Storm Shadow, de fabricação britânica, contra a planta química Kamensky, localizada na região de Rostov, no sul da Rússia. Em retaliação, Moscou afirmou ter atingido um centro de comando ucraniano e instalações de sistemas antimísseis Patriot, fornecidos pelos EUA.

“A resposta ao regime de Kiev, apoiado por seus curadores ocidentais, veio com um ataque combinado de armas de precisão de longo alcance”, declarou o ministério. Entre os alvos estava o bureau de design Luch, em Kiev, que produz os sistemas de mísseis Neptun e Olkha.

Relatos de explosões em várias áreas de Kiev foram confirmados pela administração militar da capital e pelo prefeito Vitaly Klitschko. O Kremlin ressaltou que "ações de escalada como estas, promovidas pelo Ocidente, não ficarão sem resposta".

O porta-voz Dmitry Peskov reiterou a posição do presidente Vladimir Putin: “Cada ataque ao território russo terá uma resposta proporcional”.

No mês passado, a Rússia utilizou seu novo sistema hipersônico Oreshnik para atingir uma planta militar na cidade de Dnepr, como reação aos primeiros ataques ucranianos com mísseis ATACMS e Storm Shadow.

Putin alertou que, caso os ataques ucranianos com armas ocidentais continuem, Moscou se reserva o direito de atingir instalações militares nos países que autorizam tais ações. Apesar disso, a Ucrânia intensificou o uso dessas armas, aumentando a tensão no conflito.