Secretário de Defesa dos EUA descreve 'sucesso incrível e avassalador' dos ataques dos EUA ao Irã
- Núcleo de Notícias
- 22 de jun.
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Pete Hegseth e altos oficiais exaltam operação; Trump diz que “agora é hora da paz”

Em coletiva de imprensa no Pentágono, realizada nas primeiras horas deste domingo (23), o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e o general Dan "Razin" Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, detalharam a operação militar “Martelo da Meia-Noite” (Operation Midnight Hammer), que destruiu três das principais instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.
Pete Hegseth afirmou que a ordem partiu diretamente do presidente Donald Trump, e que os alvos foram atingidos com precisão por mísseis Tomahawk lançados por submarinos e por bombardeiros B-2 Spirit, na missão mais longa do tipo desde 2001. “Foi um sucesso incrível e avassalador”, declarou. “Devastamos o programa nuclear iraniano sem mirar soldados ou civis. O foco foi total e cirúrgico.”
Segundo o general Caine, o ataque foi cuidadosamente planejado para manter o elemento surpresa. A missão envolveu táticas de dissuasão, como o envio de seis bombardeiros B-2 em direção ao Pacífico como isca, enquanto outra frota real seguia rumo ao Irã pelo leste. “Foi uma operação altamente confidencial, com pouquíssimos informados em Washington”, explicou.
Trump já havia antecipado o ataque na noite de sábado, em sua rede Truth Social, e mais tarde fez um pronunciamento nacional ao lado do vice-presidente JD Vance, do secretário de Estado Marco Rubio e de Pete Hegseth. Ele declarou que o Irã teve suas capacidades de enriquecimento nuclear "completamente obliteradas" e agora estaria encurralado. “O Irã, o valentão do Oriente Médio, precisa agora fazer a paz”, afirmou o presidente.
Trump também elogiou a colaboração com Israel, destacando a parceria com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Agimos como um time — talvez como nenhum outro antes. O mundo viu do que somos capazes.”
A operação foi elogiada por parlamentares dos dois partidos, embora alguns congressistas tenham criticado o fato de Trump não ter solicitado autorização prévia do Congresso. Ainda assim, a maioria reconheceu a necessidade de impedir que o Irã, considerado o maior financiador de grupos terroristas do mundo, adquirisse armas nucleares.
O Irã, por sua vez, ainda não reagiu oficialmente por meio do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, declarou que, após os ataques, a diplomacia “é improvável” e criticou tanto Israel quanto os Estados Unidos por terem sabotado as negociações. Ele confirmou que viajará a Moscou neste domingo para consultar-se com o presidente russo Vladimir Putin.
Ainda segundo Pete Hegseth, canais diplomáticos com Teerã continuam abertos, públicos e privados. “O Irã sabe exatamente o que precisa fazer para haver paz”, concluiu o secretário.
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