Suspeito por assassinato de diplomatas israelenses nos EUA pode enfrentar pena de morte
- Núcleo de Notícias

- 24 de mai.
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Autoridades tratam o caso como terrorismo antissemita; crime brutal ocorreu durante evento da comunidade judaica em Washington

O homem acusado de assassinar dois membros da equipe da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, poderá ser condenado à pena de morte, conforme informaram autoridades norte-americanas na quinta-feira (22). As vítimas, Sarah Milgrim, de 26 anos, e Yaron Lischinsky, de 30, foram alvejadas a tiros do lado de fora do Capital Jewish Museum, durante uma recepção promovida pelo American Jewish Committee.
O ataque, classificado por autoridades israelenses como um “ato de terrorismo antissemita e depravado”, gerou forte comoção internacional. A procuradora interina do Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, afirmou que o acusado, Elias Rodriguez, de 31 anos, residente em Chicago, foi formalmente notificado de que poderá enfrentar a pena capital.
Elias Rodriguez responde por acusações como o assassinato de funcionário estrangeiro, uma infração considerada passível de pena de morte nos EUA. Segundo documentos judiciais, Lischinsky era cidadão israelense e estava nos Estados Unidos como convidado oficial do governo.
As investigações indicam que o atentado foi premeditado. Rodriguez teria voado de Chicago a Washington com uma arma de fogo na bagagem despachada e comprado o ingresso para o evento apenas três horas antes de sua realização. Durante a recepção "Young Diplomats", frequentada por mais de cem pessoas, ele esperou as vítimas deixarem o local para abordá-las. Segundo imagens de segurança e depoimentos, Milgrim tentou fugir após ser baleada, mas foi perseguida e executada a sangue frio após o terrorista recarregar sua arma.
Após os disparos, Elias Rodriguez entrou no museu e, segundo autoridades federais, declarou: “Fiz isso pela Palestina, fiz isso por Gaza. Estou desarmado.” Ele também teria gritado “Palestina livre” no momento da prisão. O FBI considera o caso como um ato de terrorismo motivado por ódio e prometeu apresentar novas acusações conforme o andamento das investigações.
As vítimas, que estavam prestes a se casar, representavam a nova geração de diplomatas israelenses e participavam de uma celebração voltada à juventude judaica em um momento de crescente tensão internacional.
O atentado ocorre enquanto Israel intensifica sua ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, numa operação batizada de “Carruagens de Gideão”, com ações simultâneas no norte e sul do território. O governo israelense afirma que o objetivo da ofensiva é pressionar o Hamas a libertar os cerca de 58 reféns que permanecem em cativeiro desde o brutal ataque de outubro de 2023, quando mais de 1.200 pessoas foram mortas e aproximadamente 250 foram sequestradas pelo grupo terrorista.



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