Tribunal venezuelano decreta prisão de opositor Edmundo González
- Núcleo de Notícias
- 3 de set. de 2024
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Líder político é acusado de fraude e outros crimes relacionados às eleições presidenciais
Foto: Jesus Vargas/Getty Images
Na Venezuela, o Tribunal Especializado em Crimes de Terrorismo emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo González Urrutia, um dos principais opositores ao governo de Nicolás Maduro, conforme anunciado pelo Ministério Público (MP) do país nesta segunda-feira (2).
González Urrutia, que foi candidato nas eleições presidenciais de julho pela maior coalizão de oposição ao governo de Maduro, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), é acusado de "usurpação de funções" e "falsificação de documentos públicos", em relação às atas de votação do pleito de 28 de julho. Segundo o MP, essas ações teriam como objetivo questionar a legitimidade da reeleição de Maduro.
O Ministério Público fez a solicitação após o opositor não ter atendido a três convocações para comparecer ao tribunal, alegando desconhecer a natureza das acusações e a legitimidade do processo. Diante de sua ausência, a promotoria decidiu avançar com o pedido de prisão, argumentando que González Urrutia poderia estar "em risco de fuga".
Além das acusações já mencionadas, o político também é investigado por "instigação à desobediência às leis", "conspiração" e "sabotagem de sistemas", acusações que ele nega veementemente. A PUD, coalizão da qual González Urrutia faz parte, alega que houve fraude nas eleições, reivindicando que obteve 83,5% das atas eleitorais com o auxílio de testemunhas e membros das seções eleitorais.
O governo venezuelano classificou essas atas como "falsas", enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Maduro, um resultado questionado por diversos países que apoiam as alegações da oposição.
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