Trump anunciará propostas para paz na Ucrânia, diz Primeiro-Ministro da Polônia

Donald Tusk sugere que presidente eleito dos EUA deve propor zona desmilitarizada e cronograma de cessar-fogo para conflito ucraniano

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá anunciar em breve sua visão de paz para o conflito na Ucrânia, de acordo com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. Tusk declarou que o plano de Trump pode incluir um cronograma para um possível cessar-fogo e garantias de segurança para Kiev, com a criação de uma zona desmilitarizada ao longo da linha de frente como parte das propostas em discussão.

Durante sua campanha, Trump prometeu resolver o conflito ucraniano em “24 horas”, embora sem revelar detalhes concretos. Segundo ele, a abordagem envolve pressionar o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, para aceitar negociações e condicionar o apoio futuro dos EUA a um acordo. Trump já sugeriu que usaria a assistência norte-americana como forma de pressionar Moscou a negociar uma trégua duradoura.

Em entrevista à rádio polonesa, Tusk afirmou que a equipe de Trump continua a desenvolver seu plano de paz, mas que os principais pontos devem ser anunciados em breve, incluindo um calendário para o cessar-fogo e os parâmetros de uma zona de segurança para proteger a Ucrânia. Conforme relatado pelo Wall Street Journal, fontes anônimas indicaram que uma das propostas em análise é a criação de uma zona desmilitarizada, mantida por países europeus e não por tropas americanas ou organizações financiadas pelos EUA.

A eleição de Trump como o 47º presidente dos EUA sinaliza, segundo Tusk, uma “nova configuração política”, e o líder polonês anunciou conversas com autoridades europeias, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. Para Tusk, é essencial que a Europa se prepare para um cenário que, apesar de promissor, traz desafios sérios, pois ninguém deseja a escalada do conflito, mas também ninguém quer ver a Ucrânia enfraquecida ou sujeita a concessões.

Fontes próximas ao governo dos EUA relatam que a equipe de Trump considera propostas que envolvem congelar o conflito nas posições atuais e exigir que a Ucrânia adie temporariamente sua adesão à OTAN, possivelmente por duas décadas. As negociações, neste sentido, visam uma redução da interferência direta dos EUA nos assuntos ucranianos, promovendo uma solução liderada pela Europa, que preservaria a estabilidade e segurança na região.