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Vice-comandante da Marinha russa é morto em ataque ucraniano com míssil americano na região de Kursk

Major-general Mikhail Gudkov, nomeado por Putin, torna-se uma das baixas mais relevantes do alto comando militar russo desde o início da guerra


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O major-general Mikhail Gudkov, vice-chefe da Marinha da Rússia, foi morto em um ataque militar na região de Kursk, fronteira com a Ucrânia, segundo anunciou nesta quinta-feira (3) o Ministério da Defesa russo. O militar era um dos oficiais mais graduados das Forças Armadas de Moscou e havia recebido honraria pessoal do presidente Vladimir Putin em fevereiro deste ano.


De acordo com a nota oficial, Gudkov morreu na quarta-feira “durante o trabalho de combate em um dos distritos fronteiriços da região de Kursk”. Informações preliminares de canais militares russos e ucranianos no Telegram apontam que o general foi atingido por um míssil HIMARS, fabricado nos Estados Unidos e utilizado pelas Forças Armadas da Ucrânia contra um posto de comando russo.


Mikhail Gudkov respondia pelas forças terrestres e costeiras da Marinha e havia sido promovido a vice-comandante da Marinha em março deste ano. Ele também comandava, anteriormente, uma brigada de fuzileiros navais envolvida em operações contra a Ucrânia. Com sua morte, Moscou perde um dos seus mais experientes líderes operacionais, em um momento delicado da guerra.


Desde o início do conflito em 2022, pelo menos 10 generais e comandantes russos de alto escalão já morreram em campo de batalha ou em ações atribuídas a Kiev — um número expressivo que evidencia o impacto da guerra sobre a hierarquia militar russa.


A Ucrânia ainda não se pronunciou oficialmente, mas acusa Mikhail Gudkov de envolvimento direto em crimes de guerra cometidos contra civis ucranianos, o que é negado por Moscou.


Na cidade de Vladivostok, base da Frota do Pacífico da Rússia, populares prestaram homenagens diante de um retrato de Mikhail Gudkov, colocado como parte de uma exposição de militares tidos como heróis pela propaganda do Kremlin. O governador da região de Primorsky, Oleg Kozhemyako, declarou que Gudkov “morreu cumprindo seu dever como oficial” e prestou condolências aos familiares.


O ataque que matou Gudkov ocorreu em uma região estratégica, que já havia sido palco de uma ofensiva surpresa da Ucrânia em agosto de 2024, quando as tropas ucranianas chegaram a ocupar partes da região de Kursk. O território foi, segundo Moscou, retomado meses depois, mas a nova ofensiva mostra que a Ucrânia segue operando com capacidade ofensiva nas áreas fronteiriças da Rússia.


A morte de Mikhail Gudkov aumenta a pressão sobre o comando militar russo, em meio a uma guerra que se arrasta há mais de dois anos e tem desgastado significativamente a estrutura de comando das Forças Armadas do país.

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