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10 anos após a Lava Jato, empresas envolvidas em escândalos retornam às licitações da Petrobras

Construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht, hoje Novonor, voltam a conseguir contratos


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Uma década após o início da Operação Lava Jato, símbolo do combate à corrupção no Brasil, empresas investigadas por desvios bilionários voltaram ao cenário das grandes licitações. Andrade Gutierrez e Odebrecht – rebatizada como Novonor – garantiram contratos milionários na Petrobras, retomando suas operações no setor público após serem reabilitadas no ano passado.


Ambas venceram lotes de uma licitação para a complementação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. A Consag, vinculada à Andrade Gutierrez, conquistou contratos avaliados em R$ 3,7 bilhões, enquanto a Tenenge, da Novonor, assegurou três lotes com valores acima de R$ 5 bilhões.


Apesar do retorno dessas empresas, a licitação foi alvo de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou preocupações com a falta de competitividade e propostas significativamente acima do orçamento previsto. Como resultado, a Petrobras anulou a licitação, alegando incompatibilidade com o orçamento, mas defendeu a legalidade do processo com base na Lei das Estatais.


Os editais foram relançados nesta semana, e os resultados são esperados para o primeiro semestre de 2025.


Abreu e Lima: Símbolo de Escândalos


A Refinaria Abreu e Lima é emblemática no histórico de corrupção envolvendo a Petrobras. Concebida no primeiro mandato de Lula (PT) como um projeto conjunto entre Petrobras e a venezuelana PDVSA, a parceria foi abandonada pela estatal venezuelana em 2013 devido aos custos elevados. Desde então, a refinaria se tornou palco de escândalos que envolveram desvios e superfaturamentos investigados pela Lava Jato.


A volta das empresas investigadas às licitações da Petrobras reacende o debate sobre a integridade do sistema público e a efetividade das medidas de combate à corrupção. Para críticos, a reincorporação de construtoras protagonistas de fraudes históricas ao setor público representa um retrocesso no avanço institucional promovido pela Lava Jato.

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