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Agronegócio reage contra Plano Clima e acusa governo de transferir responsabilidades indevidas ao setor

Documento preparado para a COP30 em Belém é classificado como prejudicial à imagem do agro brasileiro no exterior


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O agronegócio brasileiro intensificou sua mobilização para barrar a apresentação do chamado Plano Clima na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém (PA). Lideranças do setor denunciam que o documento, elaborado pelo governo federal, distorce dados e projeta internacionalmente a ideia de que a agropecuária seria o principal vetor das mudanças climáticas no país.


O Plano Clima, em elaboração desde 2023 pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), sob coordenação da Casa Civil e com a participação de 23 ministérios, estabelece diretrizes para políticas públicas até 2035, alinhadas ao Acordo de Paris. Nele, o Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% de suas emissões líquidas em comparação aos níveis de 2005. Contudo, entidades do agro acusam o governo de impor obrigações desproporcionais ao setor rural, sem considerar práticas sustentáveis já em curso.


A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), classificou o plano como “autossabotagem”, apontando que a proposta compromete a imagem do Brasil no mercado internacional. Segundo o deputado, enquanto a agropecuária teria de cortar até 54% de suas emissões até 2035, o setor de energia poderia aumentar as suas em até 44%. O texto ainda atribui ao agro mais de 800 milhões de toneladas de CO₂ oriundas de desmatamento, incluindo assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais, superando inclusive as próprias emissões produtivas do setor.


A insatisfação também foi expressa pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), que pediu o adiamento da publicação do Plano Clima e apontou inconsistências metodológicas que rompem com padrões aceitos pela ONU. Para a entidade, o documento fragiliza a credibilidade internacional do Brasil ao transferir responsabilidades de forma artificial para a agropecuária.


O setor pecuário, por meio da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, defende maior transparência nos cálculos, reconhecimento de práticas já adotadas no campo, contabilização das remoções de carbono no solo e apoio específico à agricultura familiar. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por sua vez, considera “preocupante” o peso atribuído ao agro e cobra que metas de tamanha relevância passem pelo crivo do Congresso Nacional.


Na defesa da proposta, o Ministério do Meio Ambiente alegou que as mudanças seguem metodologias do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) e refletem um entendimento entre diferentes órgãos federais.


A disputa em torno do Plano Clima expõe o atrito entre o governo e o setor produtivo às vésperas da COP30. Para o agronegócio, o documento, da forma como está, não apenas ignora avanços ambientais já alcançados, como ameaça a competitividade internacional de um dos pilares da economia nacional.


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