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Ambipar entra com pedido de Recuperação Judicial no Brasil e nos EUA

Companhia apresentou endividamento bilionário, realizou operações de risco e firmou contratos sem licitação com o governo Lula


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A derrocada do grupo Ambipar, que acaba de ingressar com pedido de recuperação judicial no Brasil e Chapter 11 nos Estados Unidos, tornou-se um dos maiores escândalos corporativos de 2025. O caso envolve operações financeiras temerárias, perdas bilionárias em derivativos e uma estreita ligação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que firmou com a companhia contratos públicos que somam quase R$ 500 milhões, inclusive sem licitação.


A Ambipar Participações e Empreendimentos S.A., a Environmental ESG e mais de 60 subsidiárias nacionais e internacionais estão incluídas no processo, protocolado na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro em 20 de outubro. O grupo informou à Justiça que suas dívidas totais chegam a R$ 10,7 bilhões, das quais R$ 7,86 bilhões estão sujeitas à recuperação judicial. As demais obrigações envolvem dívidas fiscais, arrendamentos e compromissos de controladas fora do país.


A crise foi detonada por contratos de swap cambial com o Deutsche Bank, que geraram prejuízos expressivos e dispararam cláusulas de vencimento antecipado. A renúncia repentina do diretor financeiro João Daniel Piran de Arruda agravou o quadro, gerando colapso de confiança no mercado e uma corrida de credores. Segundo comunicado da própria empresa, os pedidos de recuperação “foram necessários para preservar as atividades, manter empregos e assegurar tratamento equitativo aos credores”.


Apesar do discurso, a gravidade do caso chamou atenção do mercado já no segundo trimestre, quando a auditoria da Deloitte alertou para inconsistências na composição do caixa — apresentado como robusto, mas que aparentemente não correspondia à realidade. Dos R$ 4,7 bilhões informados em caixa e aplicações, parte significativa estava em fundos de direitos creditórios e CDBs de difícil resgate, incluindo R$ 850 milhões no Banco Master.


A Ambipar justificou o pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro alegando que o principal centro de faturamento do grupo está localizado no estado — argumento contestado por credores como o Bradesco e o BTG Pactual Chile, que tentaram transferir o caso para São Paulo. O tribunal, no entanto, manteve a tramitação no Rio, reconhecendo o risco de colapso das operações.


O passivo exposto é composto principalmente por bonds internacionais (R$ 2,93 bilhões) e debêntures domésticas (R$ 1,82 bilhão), seguidos por empréstimos bancários, fornecedores e derivativos. A discrepância entre o valor contábil e o valor de face dos títulos emitidos no exterior — que ultrapassa R$ 6 bilhões — reforça o tamanho real do problema. Entre os principais credores estão Santander (R$ 663 milhões), Banco do Brasil (R$ 352 milhões), Banco do Nordeste (R$ 207 milhões) e Deutsche Bank (R$ 188 milhões).


Mas o que mais causa estranheza é a proximidade da Ambipar com o governo federal. Nos últimos dois anos, a empresa cresceu vertiginosamente e assinou contratos que totalizam R$ 480,9 milhões com a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo três deles sem licitação. Entre os mais vultosos estão um acordo de R$ 266,7 milhões com a Funai para transporte de alimentos e insumos em áreas indígenas e outro de R$ 185,9 milhões com o Ministério dos Povos Indígenas, sob o argumento de “emergência humanitária” entre os Yanomamis.


Enquanto a empresa mergulha em um rombo de mais de R$ 10 bilhões, investidores registram perdas drásticas em certificados de operações estruturadas (COEs) lastreados em títulos da Ambipar, com alguns recebendo apenas 7% do valor aplicado — um verdadeiro colapso financeiro.


A situação expõe, mais uma vez, o ambiente de promiscuidade entre negócios e política que se repete em governos petistas. O uso de empresas privadas para executar contratos milionários — frequentemente sem licitação e sem transparência — demonstra o risco de um modelo em que o Estado se torna o grande fiador de grupos empresariais “amigos do poder”.


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