Barroso mantém Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Zanin no julgamento de Bolsonaro
- Núcleo de Notícias

- 1 de mar.
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Ministros já demonstraram hostilidade desproporcional contra o ex-presidente, mas STF rejeita pedidos de suspeição

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para impedir a participação dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da Primeira Turma da Corte. Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob acusação de envolvimento em uma suposta "tentativa de golpe de Estado".
Além de Bolsonaro, os advogados do ex-ministro Walter Braga Netto e do general da reserva Mario Fernandes também solicitaram o afastamento de Alexandre de Moraes e Flávio Dino do caso, alegando falta de imparcialidade. No entanto, Barroso indeferiu todas as solicitações, garantindo a permanência dos magistrados no julgamento.
A presença de Flávio Dino no caso levanta graves preocupações sobre sua imparcialidade, uma vez que o ex-ministro da Justiça e atual integrante do STF fez diversas declarações públicas contra Bolsonaro, chegando a chamá-lo de “diabo”, “encarnação do mal” e “representante do diabo” durante o período eleitoral.
O ex-procurador Deltan Dallagnol, em coluna na Gazeta do Povo, ironizou a situação e afirmou que não há dúvidas sobre o que Dino fará no julgamento: “vai mandá-lo para o inferno”.
A decisão de Barroso reforça a percepção de que Bolsonaro enfrentará um julgamento conduzido por ministros que já expressaram forte oposição a ele, colocando ainda mais em xeque a parcialidade do Supremo no caso.



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