Boletim Focus: Juros seguem elevados e inflação permanece acima da meta
- Instituto Democracia e Liberdade

- 26 de mai.
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Confira a previsão dos principais indicadores econômicos divulgados no relatório desta segunda-feira

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central manteve o cenário de juros elevados e inflação resistente. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do próximo ano subiu de 2,02% para 2,14%, enquanto a expectativa para o dólar em 2025 recuou discretamente, de R$ 5,82 para R$ 5,80.
O mercado segue precificando uma inflação elevada. A mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 permanece em 5,50%, bem acima da meta central. Para 2026, a expectativa é de inflação em 4,50%, seguida por 4,00% em 2027 e 3,81% em 2028 — uma leve alta em relação aos 3,80% previstos anteriormente.
No recorte dos preços administrados dentro do IPCA, a projeção para 2025 subiu de 4,55% para 4,57%. Já para 2026, houve leve recuo, de 4,30% para 4,29%. As projeções de 2027 e 2028 foram mantidas em 4,00% e 3,80%, respectivamente.
No caso do IGP-M, índice tradicionalmente usado em contratos de aluguel e reajustes tarifários, a projeção para 2025 caiu de 4,95% para 4,79%, enquanto as estimativas para 2026 ficaram em 4,60% e em 4,00% para os dois anos seguintes.
O câmbio previsto para os próximos anos mostra relativa estabilidade, com a estimativa para 2026 em R$ 5,90. Já para 2027, permanece em R$ 5,80, enquanto para 2028 houve leve queda de R$ 5,85 para R$ 5,82.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), o boletim indica manutenção do patamar elevado por um longo período. Para 2025, a projeção foi mantida em 14,75% pela terceira semana consecutiva. Para 2026, a taxa esperada é de 12,50%, seguida por 10,50% em 2027 e 10% em 2028 — nível que permanece inalterado há 22 semanas.
Com uma inflação persistente, crescimento tímido a médio prazo e sem sinal de alívio significativo nos juros, o cenário econômico traçado pelo mercado reforça as dificuldades estruturais enfrentadas pelo país, especialmente em meio à falta de reformas que garantam estabilidade fiscal.



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