Boletim Focus: Projeções mostram cenário desanimador para os próximos anos
- Núcleo de Notícias

- 29 de set.
- 2 min de leitura
Relatório apresenta revisões tímidas nas estimativas de inflação e câmbio, baixo crescimento do PIB e juros persistentemente altos

O Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (29) expõe um quadro preocupante para a economia brasileira, marcado por revisões tímidas nas estimativas de inflação e câmbio, baixo crescimento do PIB e juros persistentemente altos.
INFLAÇÃO
Para 2025, o pessimismo prevalece: a projeção do IGP-M caiu de 1,09% para 1,02%, sinalizando fragilidade econômica. Ao mesmo tempo, os preços administrados dentro do IPCA subiram de 4,75% para 4,77%, apontando pressão estrutural sobre setores essenciais.
Para os anos seguintes, o cenário não é mais animador. A inflação projetada para 2026 subiu de 4,18% para 4,20% pelo IGP-M, e o IPCA recuou marginalmente de 4,29% para 4,28%, números que reforçam a dificuldade em convergir para metas mais baixas. Para 2027, a projeção de inflação permanece em 4%, enquanto em 2028 avançou de 3,96% para 4%, sinal de estagnação nas expectativas.
No IPCA, a expectativa é de 3,90% em 2027 e 3,70% em 2028, mas a percepção é de que essas metas são pouco robustas diante da instabilidade fiscal e política do país.
CÂMBIO
As projeções de câmbio revelam um futuro de fraqueza da moeda brasileira. Para 2025, o dólar recuou levemente de R$ 5,50 para R$ 5,48, um alívio meramente simbólico diante da volatilidade.
Em 2026, a estimativa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,58, mas em 2027 voltou a subir para R$ 5,65. Já em 2028, a previsão passou de R$ 5,54 para R$ 5,56, reforçando a ideia de que o real permanecerá depreciado ao longo dos próximos anos.
PIB
O crescimento econômico mostra fôlego fraco e sem perspectiva de aceleração. Para 2025, a projeção do PIB está em apenas 2,16%. Em 2026, a mediana das expectativas recuou para 1,80%. Já em 2027 a estimativa é de 1,90%, e em 2028 continua em 2%, patamar mantido por 81 semanas, refletindo estagnação prolongada e ausência de reformas estruturais que impulsionem a produtividade.
SELIC
Os juros seguem elevados, revelando a desconfiança do mercado em relação ao controle da inflação. Em 2025, a taxa básica de juros deve permanecer em 15%, já congelada há 14 semanas consecutivas.
Para 2026, a previsão ainda é alta, em 12,25%. Em 2027, recua para 10,50%, e em 2028 estabiliza em 10%, patamar considerado elevado para uma economia que há anos patina no baixo crescimento.
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Carlos Dias.
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