Brasil e França firmam acordo contra garimpo ilegal, mas interesses levantam dúvidas
- Núcleo de Notícias

- 21 de jan
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Parceria internacional é anunciada com promessas de combater crimes transfronteiriços; falta de clareza nos objetivos preocupa

O Brasil e a França anunciaram um acordo técnico de cooperação policial com foco no combate ao garimpo ilegal de ouro na região amazônica. A assinatura ocorreu em Paris, durante visita oficial do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A medida, celebrada como um avanço no combate à criminalidade organizada, levanta dúvidas sobre sua real efetividade e os interesses por trás da parceria.
Promessas grandiosas, mas execução incerta
O acordo prevê operações coordenadas, troca de informações e o uso do Programa Brasil MAIS, uma ferramenta de monitoramento por satélite da Polícia Federal. No entanto, o histórico de iniciativas similares suscita ceticismo. Muitos acordos bilaterais anteriores falharam em oferecer resultados concretos, sendo frequentemente prejudicados por burocracias e investimentos questionáveis.
Embora o discurso enfatize a proteção da Amazônia e o combate a atividades ilegais, o real impacto dessas medidas é subjetivo, especialmente considerando os interesses econômicos e geopolíticos envolvidos. A França, sob o pretexto de proteção ambiental, há muito busca ampliar sua influência na região amazônica, o que sugere que este acordo pode servir mais aos seus interesses estratégicos em detrimento da soberania brasileira.
Impactos ambientais e geopolíticos
A presença de operações internacionais na Amazônia frequentemente levanta preocupações sobre ingerências externas. Apesar de os danos ambientais e sociais do garimpo ilegal serem indiscutíveis, é necessário ponderar se a participação de um país europeu, como a França, é motivada por genuína preocupação ambiental ou por interesses econômicos, dada a demanda global por ouro e outros recursos minerais abundantes no solo brasileiro.



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