Cerimônia da Vergonha: Lula condecora Janja a maior "honraria cultural "
- Núcleo de Notícias

- 20 de mai.
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Com viés ideológico e favoritismo pessoal, governo utiliza a Ordem do Mérito Cultural como ferramenta política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva protagonizou mais um episódio de autopromoção e aparelhamento das instituições nesta terça-feira (20), ao conceder à própria esposa, Rosângela Silva — conhecida como Janja —, a mais alta condecoração da cultura brasileira: a medalha da Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural. O gesto, escancaradamente personalista, escancara o uso da máquina pública para premiar aliados, figuras da militância ideológica e, pasmem, a própria companheira de vida do presidente, como se esta fosse uma referência incontestável da cultura nacional.
A cerimônia, realizada sob a alcunha de “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”, foi marcada por um tom de celebração política disfarçada de reconhecimento cultural. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, serviu de coadjuvante na cena em que Lula entrega a Janja a medalha mais cobiçada da premiação, em um gesto que ignora qualquer senso de imparcialidade ou mérito legítimo. Afinal, quais foram exatamente as contribuições culturais relevantes da primeira-dama para merecer a honraria máxima do setor?
Não satisfeita com a autopremiação interna, a cerimônia ainda serviu de palco para contemplar um grupo seleto de artistas notoriamente alinhados à esquerda e ao projeto ideológico do atual governo. A atriz Fernanda Torres e o cineasta Walter Salles — cujo filme venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025, mas cuja narrativa está mergulhada em críticas sociais alinhadas ao progressismo — também foram agraciados com o mesmo grau da Grã-Cruz.
A volta da premiação, suspensa durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, serviu como um ato lamentável de culto à personalidade, um acinte à imparcialidade institucional e uma afronta ao mérito verdadeiro.



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