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China triplica importação de urânio russo

Beijing assume liderança no mercado de combustível nuclear russo


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A China consolidou sua posição como o maior importador de urânio enriquecido da Rússia em 2024, reforçando laços estratégicos com Moscou em meio às tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos. Beijing triplicou suas compras em relação ao ano passado, totalizando US$ 849 milhões nos últimos dez meses.


Esse aumento ocorre em meio à decisão de Moscou de suspender exportações de urânio enriquecido para os EUA, uma retaliação às restrições seletivas impostas por Washington. A medida inclui a proibição de exportações para terceiros países sob acordos comerciais com entidades registradas nos EUA, salvo em casos de licenças excepcionais alinhadas aos interesses russos.


Em outubro, as importações chinesas de urânio enriquecido duplicaram em relação a setembro, alcançando US$ 216 milhões. Já a Coreia do Sul, segundo maior comprador, também ampliou suas aquisições, totalizando US$ 650 milhões no mesmo período.


Enquanto isso, os Estados Unidos, que lideraram as importações em 2022, reduziram suas compras em quase um terço, registrando US$ 574 milhões até setembro deste ano. Apesar das restrições, Washington ainda permite isenções em casos de "interesse nacional" ou falta de alternativas, o que reflete sua dependência estratégica desse recurso.


A Rússia, que detém o maior complexo de enriquecimento de urânio do mundo, representa quase metade da capacidade global e cerca de 40% do mercado de urânio enriquecido. O valor total das exportações russas desse material é estimado em US$ 2,7 bilhões, destacando sua relevância no setor energético global.


O presidente Vladimir Putin, em setembro, criticou os países que impõem sanções à Rússia enquanto acumulam seus recursos estratégicos. Ele sugeriu limitar exportações de materiais cruciais, como o urânio, em resposta às tentativas do Ocidente de "restringir o acesso russo a produtos estrangeiros".


A escalada na dependência chinesa do combustível nuclear russo ressalta a crescente aliança entre os dois países em oposição às sanções ocidentais, enquanto os Estados Unidos buscam diversificar suas fontes em meio à pressão geopolítica.

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