Condenado no Mensalão, Delúbio Soares anuncia que pretende disputar eleições em 2026 com apoio de Lula

Núcleo de Notícias
26 de out.
2 min de leitura

Ex-tesoureiro do PT, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, quer retornar à vida pública com incentivo direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Delúbio Soares, condenado no escândalo do Mensalão e também investigado na Lava-Jato, anunciou seu desejo de concorrer a deputado federal por Goiás nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante um evento partidário no estado, onde o petista pediu apoio dos militantes e afirmou estar “à disposição do partido”.

“Reafirmo meu compromisso com Goiás e coloco meu nome à disposição do Partido dos Trabalhadores. Contem comigo nesta jornada e nesta batalha”, declarou Delúbio Soares em publicação nas redes sociais, acompanhada de um vídeo do encontro. O movimento do ex-tesoureiro reforça o esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reabilitar antigas lideranças petistas condenadas por corrupção, como José Dirceu, João Paulo Cunha e João Vaccari Neto.

Em 2012, Delúbio Soares foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e onze meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha no esquema do Mensalão, que desviou recursos públicos para comprar apoio político no Congresso Nacional. Mais tarde, ele também foi alvo da Operação Lava-Jato, embora o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tenha anulado a sentença proferida pelo então juiz Sergio Moro, sob alegação de incompetência territorial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido publicamente o retorno desses nomes à política, argumentando que foram “injustiçados”. Em julho, durante um evento em Osasco (SP), Lula incentivou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, também condenado no Mensalão, a “voltar à porta de fábrica para fazer comício”. Já em agosto, em um encontro do PT em Brasília, o presidente exaltou o retorno de Delúbio, José Dirceu e outros ex-dirigentes, afirmando ser “extremamente importante a presença deles na direção nacional”.

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