Conflito entre Irã e Israel volta a elevar preços do petróleo
- Núcleo de Notícias
- 17 de jun.
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Mercado reage a riscos geopolíticos, mas fluxo de petróleo segue estável; Agência Internacional de Energia revisa demanda para baixo

Os preços do petróleo registraram alta nesta terça-feira (17), impulsionados pela intensificação do conflito entre Irã e Israel, ainda que a maior parte da infraestrutura energética tenha permanecido operacional e os fluxos globais de petróleo e gás não tenham sofrido impactos significativos até o momento.
Os contratos futuros do petróleo tipo Brent subiram cerca de 2% nas primeiras horas da manhã, sendo negociados próximos a US$ 75 por barril. Já o petróleo WTI (West Texas Intermediate) avançava para US$ 73,17.
Apesar de não haver interrupções relevantes no transporte de petróleo, o Irã anunciou uma suspensão parcial da produção de gás no campo de South Pars — uma das maiores reservas do mundo, compartilhada com o Catar — após um ataque israelense provocar um incêndio no local no último sábado. Além disso, Israel também bombardeou o depósito de petróleo de Shahran, em território iraniano.
Ainda nesta terça-feira, dois navios petroleiros colidiram e pegaram fogo nas proximidades do Estreito de Ormuz, aumentando a preocupação com os riscos operacionais na região, onde há relatos de aumento da interferência eletrônica em sistemas de navegação.
Apesar do cenário geopolítico delicado, os fundamentos do mercado indicam ampla oferta. A Agência Internacional de Energia (AIE), em relatório divulgado nesta terça-feira, reduziu sua projeção de crescimento da demanda global por petróleo em 20 mil barris por dia (bpd) em relação ao mês anterior, ao mesmo tempo em que elevou sua estimativa de oferta para um acréscimo de 200 mil bpd, totalizando 1,8 milhão de barris por dia.
Esse equilíbrio entre fatores de risco geopolítico e fundamentos de mercado deve continuar a influenciar o comportamento dos preços no curto prazo, mantendo o setor em estado de atenção diante da instabilidade no Oriente Médio.
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