Copom reforça necessidade de Selic a 15% por “período bastante prolongado”
- Núcleo de Notícias

- 11 de nov.
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Banco Central afirma que política monetária seguirá em patamar “significativamente contracionista” até que expectativas se alinhem à meta

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que os juros permanecerão elevados por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta. As justificativas constam da ata da 274ª reunião do colegiado, divulgada nesta terça-feira (11).
Segundo o documento, o Copom considera que o atual nível da taxa básica é suficiente para trazer a inflação de volta à meta, mas reforçou que o processo exige paciência e persistência. “Na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê dá prosseguimento ao estágio em que opta por manter a taxa inalterada por período bastante prolongado, mas já com maior convicção de que a taxa corrente é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirma o texto.
A ata destaca que o ambiente internacional continua marcado por incertezas, especialmente diante da condução da política monetária dos Estados Unidos e das tensões geopolíticas globais — fatores que exigem prudência por parte das economias emergentes. No cenário interno, o Copom observa desaceleração gradual da atividade econômica.
O Banco Central aponta que a inflação permanece acima da meta e que as expectativas para os próximos anos continuam desancoradas. Para 2025 e 2026, as projeções estão em 4,5% e 4,2%, respectivamente, acima do centro da meta de 3%. O documento classifica o quadro como “desafiador” e alerta que a falta de coordenação entre as políticas fiscal e monetária pode comprometer o esforço de desinflação.
O Copom também ressaltou o impacto das contas públicas sobre a confiança dos agentes econômicos. “O enfraquecimento do esforço fiscal ou a expansão do crédito direcionado podem elevar o custo de desinflação”, pontua o texto.
Nas projeções do cenário de referência, o BC estima inflação acumulada em 4,6% para 2025 e 3,6% para 2026, com previsão de 3,3% no segundo trimestre de 2027 — ainda levemente acima da meta. A ata conclui que a política monetária atual, classificada como “significativamente contracionista”, deve ser mantida até que haja evidências concretas de ancoragem das expectativas.
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