Diretor da PF nega relação entre facções criminosas e organizações terroristas

Núcleo de Notícias
há 3 dias
2 min de leitura

Durante CPI do Senado, Andrei Rodrigues ignora a realidade brasileira

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira que as investigações conduzidas pela corporação "não apontam qualquer conexão entre facções brasileiras e grupos classificados como terroristas" em outras partes do mundo. A declaração foi dada durante sessão da CPI do Senado que apura a atuação do crime organizado no país, após questionamento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Mesmo diante da escalada de violência observada em diversos estados, com facções fortemente armadas impondo controle territorial, executando moradores, extorquindo comerciantes, atacando forças policiais e movimentando arsenais típicos de guerra, Andrei Rodrigues insistiu que não há elementos que permitam relacionar essas organizações ao terrorismo internacional. Segundo ele, menções eventuais ou relatos isolados não seriam suficientes para justificar qualquer afirmação nesse sentido.

O senador Hamilton Mourão relembrou que há anos se discute a presença de grupos extremistas na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina, área historicamente citada por serviços de inteligência internacionais como ambiente de atuação de redes ilícitas transnacionais. Ainda assim, o diretor-geral da PF sustentou que, quando as investigações aprofundam essa hipótese, “o cenário não se confirma”.

Andrei Rodrigues ainda afirmou que avaliações desse tipo seriam usadas como “pressão geopolítica”, sugerindo que o Brasil não deveria se envolver nessas discussões. A posição, contudo, reforça a percepção de complacência das autoridades federais — especialmente sob o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva — diante da expansão e do fortalecimento das facções, que hoje operam muitas vezes com poder bélico superior até mesmo às forças do Estado, e com capacidade de intimidação comparáveis às de grupos terroristas reconhecidos internacionalmente.

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