Elon Musk acusa ‘deep state’ dos EUA de financiar eleição de Lula

Elon Musk afirma que governo Biden interferiu no pleito brasileiro para derrotar Bolsonaro

Elon Musk, um dos principais assessores do governo de Donald Trump, afirmou que o “deep state” dos Estados Unidos financiou a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro em 2022. A declaração foi feita em sua rede social X, como resposta ao senador republicano Mike Lee (Utah), que levantou suspeitas sobre a interferência americana no pleito brasileiro.

A acusação de Elon Musk reforça as denúncias sobre o papel da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) na política brasileira. Documentos revelam que a USAID realizou eventos em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes da eleição, levantando preocupações sobre uma possível influência externa no processo eleitoral.

Parceria entre TSE e USAID levanta suspeitas

Em 2021, o TSE participou de pelo menos dois eventos organizados pela USAID e pelo Consórcio para Eleições e Fortalecimento do Processo Político (CEPPS), um grupo financiado pelo governo americano. O primeiro, em abril daquele ano, foi o lançamento do “Guia de Combate à Desinformação”, que o próprio TSE descreveu como um exemplo a ser replicado em outros países.

O segundo evento ocorreu em dezembro de 2021 e contou com a participação do então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. A reunião virtual tratou da “transformação digital das eleições” e abordou ameaças ao processo eleitoral, incluindo a disseminação de informações que o Tribunal classificou como desinformação.

Na ocasião, Barroso sugeriu que as grandes plataformas digitais deveriam se aliar às autoridades eleitorais para conter a propagação de conteúdos que pudessem comprometer a credibilidade das eleições.

Desde sua posse, Trump e Musk têm trabalhado para expor o uso indevido de fundos públicos por parte da USAID. Recentemente, a administração Trump congelou os repasses da agência e iniciou uma auditoria para investigar sua atuação em processos eleitorais estrangeiros.