Exportação de pescados para os EUA é suspensa após tarifa de 50%
- Núcleo de Notícias
- 11 de jul.
- 2 min de leitura
Anúncio de Trump paralisa setor pesqueiro brasileiro e acende sinal vermelho em cadeias produtivas como carne, café e suco de laranja

A imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começou a gerar impactos concretos e imediatos na economia nacional. Na quinta-feira (10), o setor de pescados foi o primeiro a ser atingido diretamente: 58 contêineres refrigerados, carregando cerca de mil toneladas de peixes, tiveram seus embarques suspensos em portos como Salvador (BA), Pecém (CE) e Suape (PE).
Segundo Eduardo Lobo Naslavsky, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), a paralisação ocorreu por iniciativa dos próprios importadores norte-americanos, que, diante da nova alíquota, não sabem quanto efetivamente pagarão pelos produtos. “O setor está desesperado. Tudo parou. A depender do valor final, querem renegociar. Está colocado o impasse”, relatou.
O mercado norte-americano é o principal destino das exportações brasileiras de pescado, representando entre 70% e 80% das vendas externas do setor, que movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano. A tilápia, por exemplo, tem 25% da produção destinada à exportação, e 95% desse volume vai para os Estados Unidos. Já a lagosta e o atum de profundidade (longline) são exportados quase integralmente para o mesmo destino.
Com a nova tarifa prestes a entrar em vigor em 1º de agosto, o risco para essas cadeias produtivas é imediato e preocupante. Os compradores internacionais já sinalizam que podem adiar ou até cancelar compras. E como o custo de produção dos pescados voltados ao mercado externo é alto, o setor afirma que o mercado interno não tem capacidade de absorver a produção excedente. “O preço vai ficar inexequível. O Brasil fica inviabilizado para as exportações”, afirmou o presidente da Abipesca.
A cadeia da pesca exportadora emprega cerca de 5.900 trabalhadores diretamente nas indústrias e outros 38 mil de forma indireta, incluindo pescadores artesanais e aquicultores familiares — uma engrenagem que pode ser duramente afetada pela tarifa.
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Carlos Dias.
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