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França indicia 25 envolvidos em sequestros de executivos e investidores do setor de criptomoedas

Ministério Público francês vê onda de crimes relacionados à moedas digitais


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A França enfrenta uma crescente onda de violência ligada ao universo das criptomoedas. O Ministério Público de Paris indiciou 25 pessoas — incluindo seis menores de idade — por envolvimento em uma série de sequestros e tentativas de sequestro direcionados a empresários do setor e seus familiares.


As acusações recaem principalmente sobre uma tentativa de sequestro mal sucedida, ocorrida no dia 13 de maio, no 11º distrito da capital francesa. As vítimas eram a filha, o genro e o neto de Pierre Noizat, CEO da empresa francesa de criptomoedas Paymium. Vídeos que circularam pelas redes sociais mostraram quatro indivíduos mascarados agredindo os três familiares. Felizmente, os ferimentos foram leves e as vítimas receberam atendimento hospitalar.


As autoridades informaram que o ataque não foi isolado: uma tentativa semelhante já havia sido frustrada no dia anterior, e poucos dias depois, um novo incidente foi evitado nas imediações da cidade de Nantes. O padrão se repete: ações rápidas, violentas e voltadas contra alvos ligados ao universo das criptomoedas, frequentemente motivadas pela suposição de que detentores desses ativos mantêm grandes quantias acessíveis.


Dos 25 indiciados, dezoito seguem presos preventivamente, enquanto três aguardam audiências postergadas e outros quatro estão sob supervisão judicial. Apesar das prisões, a polícia ainda não conseguiu identificar os verdadeiros articuladores por trás das operações. Até o momento, os detidos se concentram na base da estrutura criminosa — operadores logísticos e autores diretos dos ataques. A autoria intelectual permanece um mistério para as autoridades francesas.


Essa escalada de violência vem se intensificando em 2024. Em janeiro, o cofundador da Ledger, David Balland, e um sócio foram sequestrados. No início de maio, o pai de um milionário das criptomoedas também foi alvo de criminosos — um caso que os investigadores consideram ligado à atual sequência de ataques. Tais episódios colocaram o governo francês em alerta.


O Ministro do Interior, Bruno Retailleau, reuniu-se com representantes da indústria cripto para discutir novas estratégias de proteção. Entre as medidas anunciadas, destaca-se o reforço da cooperação entre as forças policiais e empresas do setor, com a adoção de vistorias preventivas realizadas por agentes da gendarmaria nas residências de figuras consideradas de alto risco.


O setor privado também se mobilizou. Empresas de segurança e corretoras de seguros iniciaram a criação de apólices específicas voltadas à proteção de investidores de criptoativos. As chamadas “apólices de sequestro e resgate” (K&R), comuns em áreas de conflito ou para altos executivos, estão sendo adaptadas para o universo digital.


Paralelamente, prestadoras de segurança como a Infinite Risks International relataram um aumento expressivo na procura por guarda-costas por parte de empresários e personalidades ligadas ao mercado de ativos digitais.


A ameaça crescente lança um alerta sobre os riscos físicos envolvidos na nova economia descentralizada. Enquanto os governos se adaptam aos desafios regulatórios das criptomoedas, surge agora uma urgência adicional: proteger os indivíduos que se tornaram alvos de redes criminosas cada vez mais organizadas e violentas.

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