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Gleisi Hoffmann minimiza reação à taxação de LCI e LCA e ameaça corte de emendas

Ministra petista ignora impacto da medida sobre o crédito produtivo e agrava tensão com o Legislativo ao ameaçar cortes nas emendas parlamentares


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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, voltou a adotar um tom desdenhoso e provocativo ao comentar as reações contrárias à proposta do governo Lula de taxar as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliário (LCI). Em entrevista, Gleisi classificou as críticas como “gritaria injusta” e insinuou que o desconforto diante da medida seria motivado por uma resistência de “setores privilegiados” a pagar impostos.


“Não compreendo a gritaria sobre isso. Nós estamos falando de cobrar imposto de rentista”, declarou, referindo-se aos investidores desses papéis, que atualmente têm isenção de Imposto de Renda. Ignorando o fato de que essas letras são instrumentos essenciais de financiamento à produção agropecuária e imobiliária, a ministra tentou reforçar uma narrativa de confronto de classes, afirmando que o trabalhador comum paga até 27,5% de IR, enquanto o investidor “não paga nada”.


A proposta do governo busca compensar a tentativa frustrada de arrecadação com a cobrança de IOF sobre operações de crédito, atingindo diretamente instrumentos que desempenham papel fundamental no financiamento de setores estratégicos da economia.


Atualmente, LCI e LCA somam cerca de R$ 1,7 trilhão em emissões e representam mecanismos amplamente utilizados por bancos para conceder crédito subsidiado, sobretudo para pequenos produtores rurais e o setor habitacional.


Sem apresentar estudos técnicos que sustentem o impacto positivo da medida, Gleisi insistiu que a taxação corrige "privilégios tributários", embora o efeito prático possa ser o encarecimento do crédito e o desestímulo à poupança direcionada. “Combater privilégios, para mim, é estruturante”, declarou, alinhada ao discurso ideológico que coloca o governo em rota de colisão com o setor produtivo.


Mais preocupante, porém, foi o tom de ameaça adotado pela ministra ao tratar da possibilidade de o Congresso barrar a taxação. Gleisi afirmou que, caso as medidas sejam rejeitadas, o governo retaliará com cortes nas emendas parlamentares: “Sempre caberá ao Congresso 25% do contingenciamento, porque as emendas parlamentares são parte dos recursos discricionários”.


A postura da ministra acirra ainda mais o desgaste entre o Executivo e o Legislativo, especialmente em um momento em que o governo Lula enfrenta resistência crescente às suas políticas fiscais e à condução econômica intervencionista. Ao tratar parlamentares como responsáveis por qualquer desequilíbrio fiscal e tentar impor sua agenda na base da chantagem orçamentária, Gleisi expõe não apenas a fragilidade da articulação política do governo, mas também a disposição em avançar sobre pilares da economia sob uma ótica ideológica e centralizadora.

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