Governo americano entra em shutdown após fracasso nas negociações no Congresso
- Núcleo de Notícias

- 1 de out.
- 3 min de leitura
Impasse entre democratas e republicanos trava votação e coloca milhares de servidores em incerteza

O governo dos Estados Unidos entrou oficialmente em paralisação parcial nesta quarta-feira, após o fim do prazo de financiamento na meia-noite de terça sem que democratas e republicanos chegassem a um acordo sobre o orçamento. A disputa travada no Senado e na Câmara levou ao bloqueio de um projeto de lei de curto prazo que visava estender o financiamento até 21 de novembro.
A proposta, chamada de resolução contínua (CR), havia sido aprovada pela Câmara em 19 de setembro com apoio majoritário dos republicanos, mas foi rejeitada pelos democratas no Senado, que acusaram a oposição de excluí-los das negociações. Além disso, os democratas condicionaram sua adesão à extensão de subsídios do Obamacare criados durante a pandemia e que expiram no fim de 2025, ponto que os republicanos se recusaram a incluir neste momento.
O líder da maioria no Senado, John Thune, afirmou que não havia justificativa para a paralisação, lembrando que medidas semelhantes já foram aprovadas em outras ocasiões sem dificuldades, inclusive quando os democratas controlavam a Casa. Para ele, o que está em jogo é a tentativa da oposição de forçar mais de US$ 1 trilhão em novos gastos.
Com o fracasso da votação, o presidente Donald Trump e o Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) passaram a ter a responsabilidade de definir quais serviços federais permanecerão ativos. Milhares de servidores já foram orientados a se preparar para o afastamento temporário, enquanto outros poderão trabalhar sem remuneração até a normalização da situação. Em comunicado, o diretor do OMB, Russ Vought, determinou que as agências executassem imediatamente seus planos para um “desligamento ordenado”.
O presidente Trump afirmou que os republicanos não desejavam a paralisação, mas alertou que o fechamento poderia ser usado para cortar programas e cargos defendidos pelos democratas. Já o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, acusou o presidente de tratar cidadãos americanos como “peões políticos” e declarou que o Partido Democrata estaria disposto a negociar uma saída bipartidária, responsabilizando os republicanos pelo impasse.
Um relatório enviado pelo diretor do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), Phillip Swagel, ao senador Lindsey Graham e ao senador Jeff Merkley, estimou que cerca de 750 mil funcionários podem ser afastados diariamente, o que representaria um custo de aproximadamente US$ 400 milhões por dia em salários suspensos. O documento acrescenta que, caso se concretizem cortes permanentes além dos afastamentos temporários, o impacto fiscal pode diminuir, mas o efeito social e político tende a ser mais profundo.
Durante a paralisação, o Capitólio passará por restrições: o Centro de Visitantes, o Jardim Botânico e a Biblioteca do Congresso estarão fechados ao público, e viagens oficiais de parlamentares ao exterior foram canceladas. O presidente da Câmara, Mike Johnson, pediu unidade ao Partido Republicano e recomendou que seus correligionários evitem eventos políticos até que a situação seja resolvida.
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Carlos Dias.
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