Governo Lula propõe aumento na conta de luz da classe média em manobra eleitoreira
- Núcleo de Notícias

- 20 de mai.
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Governo petista prepara oneração na conta de luz para financiar benefício populista

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a oficializar mais uma medida que penaliza o contribuinte em nome de um programa “social” com viés eleitoral. Trata-se de uma Medida Provisória que promete isentar famílias de baixa renda da cobrança de energia elétrica, empurrando a conta para a classe média e os pequenos empreendedores. Segundo estimativas oficiais, o impacto seria de R$3,6 bilhões, mas analistas independentes calculam um rombo na casa dos R$7 bilhões. O resultado é um aumento imediato de até 1,4% nas contas de luz.
De acordo com o plano do governo, famílias que consomem até 80 kWh por mês seriam totalmente isentas da tarifa, enquanto as que consomem até 120 kWh e possuem renda per capita de até um salário-mínimo teriam descontos expressivos. Embora a retórica do Palácio do Planalto fale em “justiça social”, o custo recairá diretamente sobre milhões de brasileiros que não recebem nenhum tipo de subsídio, mas que de fato trabalham, produzem e empregam.
O financiamento desse programa será feito por meio dos encargos cobrados nas tarifas de energia dos consumidores do mercado regulado — que inclui residências e pequenos comércios. Além do aumento generalizado de preços, agora também será necessário financiar mais uma benesse estatal disfarçada de "agenda positiva".
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tentou amenizar o impacto da proposta ao afirmar que os consumidores médios serão compensados futuramente com a abertura do mercado livre de energia e a redistribuição de encargos. No entanto, essa suposta compensação está prevista apenas para 2028 e sequer cobre os custos adicionais que serão impostos à população já em 2025. Trata-se, na prática, de um cheque sem fundos emitido por um governo que enfrenta um nível de rejeição cada vez maior.
O momento para empurrar a medida é estratégico: o Planalto quer desviar o foco dos escândalos e reconquistar parte do eleitorado com a velha fórmula do assistencialismo. Para isso, pressiona o setor elétrico, acena com promessas futuras ao mercado e tenta vender a ideia de que todos sairão ganhando — quando, na realidade, o ônus será mais uma vez dos pagadores de impostos.
A política energética do governo Lula segue a mesma lógica perversa de outras áreas: premiar a dependência estatal e punir a autonomia produtiva. Com isso, em nome de uma pretensa solidariedade, perpetua-se o ciclo da servidão fiscal e do populismo.



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