Inflação em alta, Selic disparada e dólar a R$ 6: as projeções preocupantes do primeiro Boletim Focus de 2025
- Núcleo de Notícias

- 6 de jan.
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Cenário econômico reforça desafios estruturais para o Brasil nos próximos anos

O primeiro Boletim Focus de 2025 aponta um cenário econômico marcado por elevações constantes nas projeções de inflação e juros, além do dólar que permanece em patamares extremamente elevados.
A previsão para a inflação deste ano subiu pela 12ª vez consecutiva, atingindo 4,99%, acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central. Para 2026 e 2027, as projeções também foram ajustadas para cima, com 4,03% e 3,90%, respectivamente.
Taxa Selic a 15%
Os economistas elevaram a projeção da taxa básica de juros (Selic) para 2025, fixando-a em 15%, o que reflete uma tentativa de conter a persistência inflacionária. Para 2026 e 2027, as taxas permanecem em 12% e 10%, valores ainda elevados, o que reforça o custo crescente do crédito no país e o impacto sobre o setor produtivo.
Dólar segue em alta
A moeda americana é projetada para R$ 6 em 2025, mantendo-se em níveis elevados nos anos seguintes, com estimativas de R$ 5,90 em 2026 e R$ 5,80 em 2027. Esse patamar do câmbio reflete as incertezas econômicas e políticas, além de uma confiança limitada na estabilidade fiscal brasileira.
PIB com crescimento tímido
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve desacelerar em 2025, com crescimento projetado em apenas 2,02%. Para 2026 e 2027, o cenário é de crescimento modesto, com taxas de 1,80% e 2%, insuficientes para promover transformações estruturais significativas na economia nacional.
Reflexões sobre o cenário
As projeções do Boletim Focus indicam um quadro econômico desafiador, com inflação e juros altos que dificultam a recuperação econômica. A valorização contínua do dólar pressiona ainda mais os custos de insumos e bens importados, comprometendo a competitividade das empresas brasileiras.
Enquanto isso, o crescimento tímido do PIB sugere que as políticas econômicas adotadas até o momento têm sido insuficientes para reverter o quadro de estagnação estrutural que limita o potencial do Brasil. O horizonte para 2025 e os anos seguintes demanda maior responsabilidade fiscal e reformas estruturais, que sob o governo Lula, são medidas praticamente impossíveis de se consolidarem.



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