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Interferência de Lula e autonomia do BC serão assuntos principais na Sabatina de Galípolo no Senado

Indicado à presidência do BC enfrenta questões sobre independência da autoridade monetária e influência do Executivo


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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil


A autonomia do Banco Central (BC) e a eventual interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na política de juros serão os temas centrais na sabatina de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para a próxima terça-feira (8). Galípolo, que já passou por uma sabatina anterior para o cargo de diretor, agora busca ser aprovado como presidente da instituição, cargo que assumirá a partir de janeiro de 2025, sucedendo Roberto Campos Neto.


Além de questionamentos sobre a taxa de juros (Selic), inflação, crédito e o endividamento da população, Galípolo deverá responder sobre a análise do BC em relação ao mercado de apostas no Brasil. Um relatório recente indicou que beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões via Pix para plataformas de apostas esportivas, levantando preocupações entre parlamentares e membros do governo.


Outro tema que promete gerar debates é a situação fiscal do país, bem como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da autonomia financeira do Banco Central, atualmente em tramitação no Senado. A primeira sabatina de Galípolo, realizada em 2023, foi marcada por discussões sobre a autonomia do BC e as críticas de Lula ao então presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Durante essa sabatina, Galípolo enfatizou que as decisões econômicas do país devem ser guiadas pela "vontade das urnas", embora a autonomia técnica do BC deva ser respeitada. Ele destacou que os diretores do Banco Central devem seguir a autonomia operacional prevista, sem opinar sobre a sua própria independência.


Nos bastidores, Galípolo tem se preparado intensamente para essa nova sabatina, com reuniões junto a equipes técnicas do BC e contatos com senadores para entender as prioridades do parlamento. Sua relação estreita com Lula e o histórico como conselheiro do presidente na campanha de 2022 geram desconfianças no mercado financeiro, mas até o momento, isso não parece ser um obstáculo significativo para sua aprovação no Senado.


Líderes parlamentares, como o presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), preveem uma aprovação tranquila para Galípolo, destacando sua boa relação com os senadores e sua atuação no Comitê de Política Monetária (Copom). Caso aprovado, o nome de Galípolo será submetido ao plenário do Senado, onde precisará da maioria dos votos para ser confirmado como o novo presidente do Banco Central.


A votação no Senado acontecerá no mesmo dia da sabatina, e as expectativas são de que Galípolo passe sem grandes dificuldades, consolidando sua posição no comando da autoridade monetária do país.

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