Israel afirma ter eliminado mais três comandantes iranianos e atrasado em pelo menos dois anos o programa nuclear do Irã
- Núcleo de Notícias
- 21 de jun.
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Atualizado: 25 de jun.
Campanha militar israelense atinge alvos estratégicos e instalações nucleares, enquanto Irã responde com mísseis e drones

Israel afirmou neste sábado (21) ter eliminado mais três comandantes da Guarda Revolucionária do Irã e bombardeado estruturas nucleares em Isfahã, em mais uma fase da ofensiva que, segundo autoridades israelenses, já teria atrasado em pelo menos dois anos o programa nuclear iraniano. A ofensiva, parte de uma campanha militar iniciada em 13 de junho, ocorreu enquanto o Irã intensificava retaliações com o lançamento de centenas de drones e mísseis.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, o comandante Saeed Izadi, figura central na Força Quds e envolvido no suporte ao grupo terrorista Hamas, foi morto em um ataque noturno à cidade de Qom. Outros dois comandantes iranianos, Aminpour Joudaki — responsável por operações com drones — e Behnam Shahriyari, também da Força Quds, estariam entre os alvos abatidos.
As forças israelenses ainda informaram ter atingido quatro combatentes da Guarda Revolucionária em um centro de treinamento em Tabriz, no noroeste iraniano. Além disso, foram atacadas estruturas militares e centros de lançamento de mísseis no interior do Irã.
De acordo com uma fonte militar, Israel teria bombardeado, pela segunda vez, instalações ligadas à produção de centrífugas nucleares em Isfahã. Embora a mídia iraniana alegue que os ataques não causaram danos significativos, o governo israelense acredita que a série de ofensivas já comprometeu seriamente o avanço nuclear de Teerã. "Atrasamos em dois ou três anos os planos do Irã de obter uma bomba", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar.
Em resposta, o Irã lançou drones Shahed e mísseis contra o território israelense, inclusive na área do Aeroporto Ben Gurion e em Tel Aviv. As forças de resgate relataram danos materiais e feridos, mas sem vítimas fatais no último ataque. Em Haifa, um hospital recebeu 19 feridos.
A escalada preocupa potências ocidentais. O presidente Donald Trump afirmou que o Irã tem no máximo duas semanas para evitar possíveis ataques aéreos dos EUA. Bombardeiros B-2 já partiram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, em direção à Base Naval de Guam — movimentação vista como preparação para um possível ataque à instalação nuclear subterrânea de Fordow, considerada impenetrável por qualquer país além dos EUA.
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