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Lula transfere responsabilidade sobre fraudes no INSS a Bolsonaro e afirma não ter pressa para investigação

Durante visita à Rússia, presidente minimiza urgência das investigações e evita reconhecer agravamento do problema em seu governo


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No último dia de sua visita oficial à Rússia, no sábado (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou pela primeira vez o escândalo das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que envolvem descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Em vez de reconhecer falhas administrativas de sua própria gestão, Lula preferiu culpar o governo anterior, afirmando que “uma quadrilha foi criada em 2019”, em alusão ao período em que Jair Bolsonaro (PL) era presidente da República.


“O que a gente fez foi desmontar uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019”, declarou o petista, sem mencionar, contudo, que os repasses a entidades suspeitas dispararam em seu governo — saltando de R$ 706 milhões, ao fim de 2022, para R$ 2,8 bilhões em 2024. O presidente também omitiu que a gestão anterior havia proposto medidas para coibir abusos, como a exigência de revisão periódica dos descontos e a obrigatoriedade de autorização expressa dos beneficiários.


Questionado sobre a morosidade na apuração do caso, Lula admitiu não ter pressa para concluir as investigações, afirmando que prefere aguardar uma apuração minuciosa. “Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para contar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, disse, ignorando o clamor popular por respostas rápidas diante de um escândalo que atingiu milhões de cidadãos vulneráveis.


Embora tenha prometido ressarcimento às vítimas, o presidente condicionou a devolução dos valores à análise individual de cada caso por parte do INSS. A devolução só ocorrerá, segundo ele, nos casos em que ficar comprovado que o desconto foi feito sem autorização do aposentado ou pensionista. “Porque aqueles que assinaram, autorizaram [o desconto]”, completou, atribuindo parte da responsabilidade aos próprios beneficiários.


A fala de Lula não apenas revela uma tentativa de desviar o foco dos erros de sua gestão, como também expõe uma postura leniente diante de um dos maiores escândalos de corrupção já registrados no país. Enquanto o governo busca apontar culpados no passado, milhões de brasileiros aguardam justiça e reparação.

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