Lula volta a insistir em censura e controle das redes sociais
- Núcleo de Notícias

- 25 de mai
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Presidente ataca ambiente livre da internet, onde oposição tem força, e sugere medidas restritivas para plataformas digitais

Durante evento do Programa Solo Vivo, em Campo Verde (MT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a regulação das redes sociais no Brasil. O petista declarou que é preciso discutir com o Congresso Nacional um novo marco de controle para as plataformas digitais, sob o argumento de que essas empresas não estariam submetidas a nenhuma forma de fiscalização no país.
“Temos que regular o uso dessas empresas. Não é possível que tudo tem controle neste país, menos as empresas de aplicativos”, disse Lula, em mais um ataque ao único ambiente onde a oposição ainda exerce influência significativa sobre a opinião pública.
Lula afirmou desejar um país “de gente que estuda, que respeita e que ama”, argumentando que deseja construir esse cenário para seus filhos e netos, sem espaço para um “país de mentira”. O tom, no entanto, contrasta com a proposta de censura disfarçada de regulação, que visa restringir o fluxo de informações e limitar a liberdade de expressão, principalmente da direita.
Recentemente, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, defendeu publicamente o modelo da ditadura chinesa de controle das redes sociais, sugerindo que o mesmo seja implementado no Brasil.
A insistência na regulação das redes sociais ocorre num momento em que se aproxima o calendário eleitoral, o que evidencia o real objetivo da medida: enfraquecer o alcance das críticas ao governo nas mídias digitais e minar a capacidade de mobilização dos opositores.
Aliado histórico das grandes emissoras de televisão e dos principais conglomerados de mídia tradicional, Lula parece incomodado com a descentralização da informação e com a perda do monopólio da "informação". Ao propor que o Congresso atue para estabelecer regras sobre o funcionamento das redes, o presidente sinaliza uma tentativa clara de controle institucionalizado do debate público.
Essa movimentação integra uma ofensiva mais ampla contra a liberdade e representa uma ameaça direta à democracia, à pluralidade de ideias e ao livre exercício do pensamento político.



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