Ministro André Mendonça bloqueia R$ 390 milhões do sindicato ligado ao irmão de Lula
- Núcleo de Notícias

- 15 de out.
- 2 min de leitura
Montante bloqueado equivale ao total de descontos feitos pelo sindicato entre 2021 e janeiro de 2025

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça determinou o bloqueio de R$ 390 milhões em bens e valores do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi), entidade cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o despacho do ministro, o montante bloqueado equivale ao total de descontos feitos pelo sindicato entre 2021 e janeiro de 2025. A medida atingiu o atual presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, além do espólio do ex-presidente João Batista Inocentini, falecido em 2023. A decisão do ministro Mendonça atendeu a um pedido da Polícia Federal e foi assinada no dia 6 de outubro. Três dias depois, o sindicato se tornou alvo de uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga descontos associativos irregulares aplicados sobre aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Na decisão, o ministro André Mendonça ressaltou que a investigação aponta “relevante participação dos representados nos ilícitos apurados, integrando grupo criminoso organizado para lesar aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos sobre benefícios previdenciários”.
O Sindnapi, por sua vez, negou qualquer irregularidade, alegando que suas contas são auditáveis e transparentes. Em nota oficial, classificou o bloqueio como “abusivo” e afirmou que recorrerá da decisão. Em publicações nas redes sociais, a entidade assegurou que está colaborando com as autoridades e disponibilizando toda a documentação necessária. O comunicado buscou tranquilizar os associados, majoritariamente idosos, garantindo que “o sindicato segue firme em sua missão de proteger e representar os aposentados”.
O presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS no mesmo dia da operação da Polícia Federal, mas permaneceu em silêncio, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Flávio Dino. Ele quebrou o silêncio apenas ao responder ao deputado Paulo Pimenta, ex-ministro de Lula, sobre a atuação de Frei Chico no Sindnapi. “Ele nunca teve papel administrativo, apenas político, de representação sindical. Nunca precisei pedir que ele abrisse qualquer porta do governo”, declarou.
O caso amplia a pressão sobre entidades sindicais historicamente ligadas ao entorno político do presidente Lula, evidenciando a vulnerabilidade de estruturas sustentadas por contribuições compulsórias e, muitas vezes, marcadas por corrupção.
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