Oi (OIBR3) propõe grupamento de ações para evitar saída da B3
- Núcleo de Notícias

- 28 de ago.
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Empresa de telecomunicações em recuperação judicial tenta reverter colapso de suas ações, que acumulam perdas de até 90%

Com papéis negociados por centavos desde abril de 2025, a Oi (OIBR3) anunciou na quarta-feira (27) que irá propor um grupamento de ações para cumprir as regras da B3 e tentar dar fôlego à companhia. A medida, apresentada pelo conselho de administração, busca impedir que a empresa seja retirada do pregão por descumprir a exigência de valor mínimo de R$ 1,00 por ação.
A proposta prevê que os acionistas deliberem em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para 29 de setembro, sobre o grupamento de ações ordinárias (OIBR3) e preferenciais (OIBR4) na proporção de 25 para 1. As American Depositary Shares (ADSs), recibos da companhia negociados nos Estados Unidos, também passarão por agrupamento, nesse caso na proporção de 5 para 1.
Se aprovada, a operação reduzirá o número atual de 330,1 milhões de papéis para 13,1 milhões de ações, sendo aproximadamente 13 milhões de OIBR3 e 56,5 mil de OIBR4. Após a implementação, os investidores terão um período de no mínimo 30 dias para ajustar suas posições em múltiplos de 25 ações, evitando a formação de frações. As sobras serão agrupadas em números inteiros e vendidas em leilões na própria B3, com os valores correspondentes devolvidos proporcionalmente aos acionistas.
A situação da Oi é crítica. Levantamento aponta que a OIBR3 figura entre os sete piores desempenhos da bolsa em 2025, acumulando perda de 56% até 21 de agosto. No recorte mais amplo, desde dezembro de 2023, os papéis derreteram 90%, refletindo a fragilidade de uma companhia que ainda enfrenta recuperação judicial e vê sua relevância encolher no mercado de telecomunicações.



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