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Ouro supera o euro e se torna o segundo maior ativo de reserva global

Compras recordes por bancos centrais e tensões geopolíticas impulsionam alta histórica do metal, que agora representa 20% das reservas oficiais mundiais


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O ouro ultrapassou o euro e se consolidou como o segundo maior ativo de reserva global em valor de mercado, ficando atrás apenas do dólar americano, conforme revelou o Banco Central Europeu (BCE) em seu relatório anual sobre o papel internacional da moeda comum.


O fenômeno foi impulsionado por uma corrida ao metal precioso ao longo de 2024: os bancos centrais adquiriram mais de 1.000 toneladas de ouro – o dobro da média anual da última década –, elevando os estoques oficiais para cerca de 36 mil toneladas.


“O estoque acumulado, somado aos preços elevados, fez do ouro o segundo maior ativo de reserva global em valor de mercado em 2024, atrás apenas do dólar americano”, informou o BCE na quarta-feira.


Segundo o relatório, o ouro representava 20% do valor total das reservas oficiais ao final de 2024, superando a participação do euro, que caiu para 16%. A valorização do metal, que subiu quase 30% no ano passado e atingiu níveis recordes acima de US$ 3.500 por onça-troy, foi determinante para esse reposicionamento.


A diversificação foi o principal motivo para dois terços dos bancos centrais que compraram ouro em 2024, enquanto cerca de 40% citaram a proteção contra riscos geopolíticos como a motivação central.


Apesar de sua queda relativa em valor de mercado, a participação do euro nas reservas internacionais, quando medida a taxas de câmbio constantes, manteve-se estável em torno de 20%. O BCE destacou que “o papel internacional do euro permaneceu amplamente estável em 2024” e que a moeda continua sendo a segunda mais utilizada nas transações globais.


Entretanto, o BCE também apontou riscos emergentes à posição do euro, incluindo o aumento do uso de criptomoedas e stablecoins (lastreadas em títulos do Tesouro dos EUA) em pagamentos internacionais. Além disso, diversos países têm buscado alternativas aos sistemas tradicionais de transferências transfronteiriças, impulsionados por fatores geopolíticos como a guerra na Ucrânia, sanções econômicas, o confronto entre EUA e China, instabilidade no Oriente Médio e a movimentação do bloco BRICS para reduzir a dependência dos sistemas financeiros ocidentais.


O dólar americano segue como o principal ativo de reserva, embora sua participação nas reservas globais tenha recuado levemente para 57,8%.

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