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Paraguai negocia gasoduto estratégico com Brasil e Argentina

Projeto prevê 1.050 km de extensão e pode abastecer interior paraguaio, além de conectar produtores argentinos ao mercado brasileiro


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O governo do Paraguai iniciou negociações com Brasil e Argentina para viabilizar a construção de um gasoduto trilateral que poderá transformar a matriz energética da região e contornar a queda na oferta de gás natural oriunda da Bolívia. A proposta, que está em estágio inicial, prevê um traçado de 1.050 quilômetros, passando pelos três países e aproveitando o caminho da Rota Bioceânica — uma rodovia em construção no Chaco paraguaio.


Segundo Mauricio Bejarano, vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai, a intenção é assinar memorandos de entendimento com os dois países ainda em 2025, além da criação de uma força-tarefa que ficará responsável pelo detalhamento técnico da obra. “Acreditamos que este seja um ano crucial para levar esta proposta adiante”, afirmou o vice-ministro em entrevista à Bloomberg.


A Argentina vê com bons olhos a iniciativa, pois quer ampliar as exportações de gás de seu megacampo de xisto, Vaca Muerta, especialmente para o mercado brasileiro. A queda acentuada na produção boliviana e o temor de que o país deixe de ter excedentes até o final da década impulsionam as alternativas. Em abril, o Brasil importou gás argentino via Bolívia pela primeira vez, evidenciando a urgência por rotas alternativas.


O estudo contratado pelo governo paraguaio prevê que quase metade dos US$ 1,9 bilhão estimados para a construção do gasoduto será destinada à Argentina e ao Brasil, para garantir a conexão com as malhas existentes de transporte e distribuição de gás. A nova estrutura não apenas permitiria o transporte do combustível para o Brasil, como também atenderia à crescente demanda interna do Paraguai.


De acordo com Mauricio Bejarano, o país poderá deixar de ter excedente de energia já a partir de 2030, o que torna necessário diversificar sua matriz, hoje quase inteiramente dependente da geração hidrelétrica. O gás natural, nesse cenário, surgiria como fonte complementar estratégica. O presidente do Paraguai, Santiago Peña, lidera pessoalmente os esforços diplomáticos para viabilizar o projeto, considerado prioritário pela administração paraguaia.

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