Parlamento da Coreia do Sul vota pelo impeachment do presidente interino
- Núcleo de Notícias
- 27 de dez. de 2024
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Han Duck-soo é destituído por recusar nomeações para a Corte Constitucional, aprofundando crise política no país

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta sexta-feira o impeachment do presidente interino Han Duck-soo, acusado de obstruir a nomeação de juízes para a Corte Constitucional, uma etapa crucial para validar o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol.
A decisão foi anunciada pelo presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, em transmissão ao vivo, após a moção receber 192 votos favoráveis entre os 300 membros do parlamento.
Han assumiu o cargo interinamente após Yoon ser afastado no início de dezembro. O Parlamento havia aprovado o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, após ele impor lei marcial em resposta a supostas ações opositoras classificadas como uma “rebelião” com alinhamento à Coreia do Norte. Sob a legislação sul-coreana, a destituição só se torna definitiva após ser ratificada pela Corte Constitucional, que atualmente opera com três vagas não preenchidas.
Na quinta-feira, a Assembleia Nacional aprovou uma lista de três candidatos à Corte, sendo dois indicados pela oposição e um pelo partido governista. No entanto, Han recusou-se a efetivar as nomeações, alegando que a falta de consenso entre os partidos colocaria a ordem constitucional em risco.
“O princípio consistente em nossa Constituição é evitar o exercício de poderes presidenciais significativos, como a nomeação de instituições constitucionais, sem consenso entre as partes representadas pelo povo”, declarou Han em coletiva de imprensa emergencial.
Diante da recusa, o Partido Democrático, que lidera a oposição, apresentou a moção de impeachment, afirmando que Han demonstrou incapacidade de proteger a Constituição.
Com a destituição de Han, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, deve assumir interinamente o cargo de chefe de Estado, tornando-se o terceiro presidente do país em menos de um mês.
A crise política em curso ressalta a divisão entre os partidos no cenário sul-coreano, enquanto o país enfrenta incertezas sobre a continuidade de sua liderança e as decisões relacionadas à estabilidade constitucional.
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