Portugal vai às urnas neste domingo
- Núcleo de Notícias

- 18 de mai.
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Eleições legislativas ocorrem após queda de Luís Montenegro

Portugal realiza neste domingo (18) suas eleições legislativas em meio a um cenário político conturbado, marcado pela queda do ex-primeiro-ministro Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PSD), envolvido em escândalos relacionados a conflitos de interesse envolvendo a empresa de sua família. As urnas foram abertas às 8h no horário local (4h em Brasília) e devem ser encerradas às 19h, com exceção dos Açores, onde a votação ocorre com uma hora de diferença devido ao fuso horário.
A eleição definirá os 230 deputados que compõem a Assembleia da República, o parlamento português, e ocorrerá dentro do sistema semipresidencialista unicameral do país. Todos os cidadãos portugueses com mais de 18 anos estão aptos a votar, totalizando cerca de 10 milhões de eleitores, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).
Embora 21 partidos disputem as cadeiras legislativas, o embate principal gira em torno de três legendas: o PSD, que tenta sobreviver ao desgaste causado pela crise de seu ex-líder; o Partido Socialista (PS), principal força da esquerda, liderado por Pedro Nuno Santos; e o Chega, partido conservador que tem crescido na base eleitoral, sob a liderança de André Ventura. O Partido Liberal Social (PLS) estreia na disputa nacional, mas enfrenta forte concorrência e baixa projeção.
O ex-primeiro-ministro Luís Montenegro compareceu às urnas pela manhã e, em declaração à imprensa, fez um apelo à população para combater a abstenção, uma preocupação constante nas eleições portuguesas. Outros líderes partidários também já registraram seus votos ao longo do dia.
No sábado (17), o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um pronunciamento incisivo à nação, encorajando os eleitores a participarem do pleito. Em suas palavras, "não votar é meter a cabeça na areia", enfatizando os riscos de omissão num momento em que Portugal, segundo ele, precisa lidar com transformações geopolíticas profundas.
O clima de incerteza, tanto interna quanto externa, torna esta eleição uma das mais significativas dos últimos anos para os portugueses.



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