Preços ao produtor sobem pelo 8º mês consecutivo e pressionam indústria brasileira
- Núcleo de Notícias

- 30 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Índice de Preços ao Produtor acumula alta anual de 6,06%

Os preços ao produtor no Brasil registraram aumento de 0,66% em setembro, mantendo a taxa de agosto e completando o oitavo mês de alta contínua, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse movimento acumulou uma elevação de 6,06% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em 12 meses, refletindo o impacto de variações nos preços “na porta da fábrica”, sem incluir impostos ou frete, em 24 setores industriais.
Dentre as atividades analisadas, 17 registraram aumentos, com destaque para a influência dos bens de consumo não duráveis.
Principais Influências e Setores Afetados
Os setores de alimentos, com uma contribuição de 0,90 ponto percentual, e o de indústrias extrativas, que registrou variação negativa de 5,85%, foram os mais influentes para o resultado. A fabricação de alimentos apresentou alta de 3,70%, afetada pela valorização da carne bovina e do açúcar VHP (Very High Polarization), produtos impactados por adversidades climáticas como seca e queimadas que reduziram áreas de pastagem e produção de cana-de-açúcar.
O ciclo de safra do açúcar VHP está se encerrando em um cenário de menor oferta, o que pressiona os preços. Outros setores relevantes incluíram papel e celulose, com queda de 2,99%, e calçados e produtos de couro, que recuaram 2,01%.
Tendências e Pressões Futuras
O cenário de alta nos preços ao produtor reflete uma pressão sobre a cadeia produtiva, especialmente no setor alimentício, que tende a impactar os custos finais ao consumidor.
Diante de questões sazonais e climáticas, a expectativa é de que esses preços possam seguir elevados, afetando a indústria e pressionando ainda mais o custo de vida dos brasileiros.



Comentários