PT critica ações de Donald Trump na Venezuela e volta a defender regime de Nicolás Maduro

Núcleo de Notícias
16 de out.
3 min de leitura

Enquanto o Partido dos Trabalhadores acusa os EUA de “ingerência”, o governo americano amplia esforços para enfraquecer a ditadura de Maduro e conter o narcotráfico na América Latina

A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta quinta-feira, 16, uma nota atacando a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de autorizar a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. O documento classifica a medida como “afronta à soberania” e “violação do Direito Internacional”.

Segundo o texto, as ações da administração Trump seriam “inaceitáveis e deploráveis”. O partido também mencionou ataques realizados por forças navais americanas a embarcações no Caribe — que, de acordo com o governo norte-americano, transportavam drogas destinadas aos EUA. O PT afirma que tais ações ocorreram “sem base legal e sem qualquer processo investigativo”, ignorando o fato de que a operação integra a ofensiva dos Estados Unidos contra o narcotráfico e os grupos armados ligados ao regime chavista.

O comunicado do partido ainda acusa a CIA de possuir “um longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras” na América do Sul, em referência a episódios do passado. O texto sustenta que a agência teria promovido “golpes, repressão e ditaduras sangrentas no subcontinente”. Trata-se de uma retórica antiga da esquerda latino-americana, que insiste em defender regimes autoritários como o de Nicolás Maduro, mesmo diante das evidências de colapso econômico, repressão política e violação sistemática de direitos humanos na Venezuela.

“O Partido dos Trabalhadores condena com veemência mais um ataque dos EUA à soberania da Venezuela. Somos defensores do Direito Internacional e dos princípios da não ingerência e da autodeterminação dos povos”, diz o encerramento da nota. Na prática, o PT reafirma sua solidariedade ao ditador Nicolás Maduro, ignorando os mais de 7 milhões de venezuelanos que deixaram o país nos últimos anos em razão da miséria e da repressão. Até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentou o caso.

O presidente Donald Trump tem endurecido o tom contra o ditador Nicolás Maduro. Na quarta-feira, 15, o líder norte-americano confirmou que considera estender as operações para o território venezuelano. “Certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar”, declarou.

Em agosto, o presidente Trump ordenou o envio de 10 mil homens e oito navios de guerra — incluindo submarinos, contratorpedeiros e uma embarcação de ataque anfíbio — para o Caribe, reforçando a política de combate ao narcotráfico e ao narcoterrorismo ligados ao regime chavista. A nova autorização concedida à CIA amplia o escopo dessas ações, permitindo operações letais contra o ditador Maduro e seu círculo de poder, seja de forma autônoma, seja em conjunto com uma ofensiva militar mais ampla.

Enquanto o PT lamenta o endurecimento americano, o presidente Donald Trump reafirma a liderança dos Estados Unidos na defesa da liberdade e no enfrentamento de regimes tirânicos que se sustentam pelo crime e pela opressão.

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