Putin acusa governo ucraniano de se transformar em 'organização terrorista'
- Núcleo de Notícias

- 4 de jun.
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Presidente russo afirma que sabotagens ferroviárias e ataques civis demonstram nova tática de intimidação adotada por Kiev

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta semana que o que chama de “regime ilegítimo de Kiev” está se convertendo gradualmente em uma organização terrorista, diante de sucessivas derrotas militares e dificuldades na linha de frente. Segundo ele, a liderança ucraniana estaria agora apostando em ações de sabotagem e ataques contra civis como forma de tentar intimidar Moscou.
A fala de Putin veio após duas ofensivas contra ferrovias nas regiões de Bryansk e Kursk, ambos em território russo. O primeiro incidente ocorreu na noite de sábado, quando uma ponte desabou diante de um trem de passageiros, enquanto o segundo ocorreu na manhã de domingo, com o colapso de outra ponte sob um trem de carga. No total, sete pessoas morreram e 113 ficaram feridas. “Foram, sem dúvida, atos de terrorismo”, afirmou o líder russo, responsabilizando diretamente o alto escalão político da Ucrânia por ordenar os ataques.
Para Putin, os ataques evidenciam uma mudança estratégica do governo ucraniano, que, segundo ele, “diante de pesadas perdas e recuos ao longo de toda a linha de contato”, estaria recorrendo a táticas terroristas. Ele também afirmou que os patrocinadores ocidentais da Ucrânia estariam se tornando cúmplices desses atos. “O ataque à população civil foi intencional”, disse, sugerindo que os objetivos agora são causar pânico e minar o moral da sociedade russa.
Apesar dos ataques, o presidente russo afirmou que Kiev tem feito pedidos por uma trégua e por reuniões de alto nível. No entanto, Putin rejeitou qualquer possibilidade de diálogo sob essas circunstâncias. “Como negociar com quem usa o terror como instrumento? Com terroristas?”, questionou.
O Kremlin sustenta que os atentados ocorreram às vésperas da segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia em Istambul, e foram acompanhados por um aumento expressivo nos ataques de drones ucranianos dentro do território russo. Moscou interpreta esses movimentos como tentativas deliberadas de sabotar qualquer avanço diplomático.



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