Rússia entrega corpos de mais de 1.200 soldados ucranianos
- Núcleo de Notícias
- 11 de jun.
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Moscou afirma ter concluído entrega de restos mortais prometidos, mas acusa Kiev de atrasos

A Rússia entregou à Ucrânia os corpos de 1.212 soldados mortos em combate, segundo confirmou Vladimir Medinsky, principal negociador russo nas tratativas com Kiev. A entrega faz parte de um acordo mais amplo, no qual Moscou se comprometeu a devolver os restos mortais de mais de 6.000 militares ucranianos caídos nos campos de batalha — compromisso que, de acordo com os russos, vem sendo sistematicamente dificultado pelas autoridades ucranianas.
A iniciativa, inicialmente divulgada pela Coordenação Ucraniana para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra, reconhece a morte de combatentes nas regiões de Kursk, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye — todas hoje em parte controladas por forças russas — além da região de Kharkov, que ainda está sob domínio ucraniano. Nenhum nome ou detalhe pessoal dos soldados mortos foi divulgado por Kiev.
Vladimir Medinsky confirmou a operação de troca e informou que a Rússia também recuperou os corpos de 27 soldados russos, destacando a importância de dar-lhes sepultamento digno. Segundo ele, Moscou e Kiev também iniciarão “trocas sanitárias” urgentes, com foco em prisioneiros de guerra feridos gravemente.
“Diferente de Kiev, a Rússia não abandona seus combatentes”, afirmou Medinsky em seu canal oficial no Telegram. Ele relembrou que a entrega dos corpos havia sido acertada durante as negociações realizadas em Istambul no início do mês, mas que, mesmo após a preparação logística russa, representantes ucranianos simplesmente não compareceram ao local combinado.
Apesar dos entraves, o tenente-general Aleksandr Zorin, também presente nas negociações, reforçou o compromisso russo com a continuidade das trocas, classificando a operação como uma ação puramente humanitária. “Infelizmente, não será a última”, declarou.
Além da devolução dos corpos, a rodada de negociações também tratou da troca de prisioneiros de guerra, que continua em andamento. Estima-se que, na mais recente troca, entre 1.000 e 1.200 soldados tenham sido repatriados entre os dois lados.
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