Rússia sobre viagem de Zelensky a Washington: "Fracasso total"

Encontro termina sem acordo e com reprimenda de Trump

A recente visita do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, a Washington foi classificada como um “fracasso político e diplomático completo” por Moscou. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou duramente o desempenho do líder ucraniano e afirmou que ele se comportou de forma “grosseira e irresponsável” durante sua reunião com Donald Trump e o vice-presidente J.D. Vance na Casa Branca.

O encontro, que terminou abruptamente, expôs a crescente tensão entre Kiev e Washington. Durante a conversa no Salão Oval, Zelensky se recusou a aceitar a proposta de Trump para negociar a paz com Moscou, o que levou o presidente norte-americano a acusá-lo de ingratidão e de estar “brincando com a Terceira Guerra Mundial”. O desentendimento resultou no cancelamento de um acordo que daria aos EUA acesso a minerais estratégicos da Ucrânia, incluindo terras raras.

Zakharova classificou o comportamento de Zelensky como uma “ameaça perigosa para a comunidade internacional” e destacou que a Rússia há muito tempo denuncia sua “inadequação, corrupção e incapacidade de negociar”. Em um comunicado divulgado no Telegram, a diplomata russa afirmou que o líder ucraniano está obcecado com a continuação da guerra, pois uma eventual paz representaria seu “fim político”.

A reprimenda pública de Trump a Zelensky foi descrita por Zakharova como uma “dura lição” sem precedentes na diplomacia internacional. Ela também criticou líderes europeus, como os da França, Alemanha e Polônia, que correram para defender Zelensky após o fiasco em Washington, evidenciando, segundo ela, a “fraqueza política e degradação moral” do continente.

O fracasso da visita de Zelensky levanta sérias dúvidas sobre o futuro do apoio norte-americano à Ucrânia. Sem o fechamento do acordo de minerais e com um claro esfriamento nas relações com Trump, Kiev enfrenta um cenário de incertezas sobre sua posição no tabuleiro geopolítico.