Safra de milho "safrinha" tem previsão reduzida por efeitos do clima, mas produção ainda supera a do ciclo anterior
- Núcleo de Notícias

- 11 de abr.
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Consultoria Safras & Mercado corta projeção em 500 mil toneladas devido ao tempo seco em regiões-chave do Brasil

A consultoria Safras & Mercado revisou para baixo sua estimativa para a colheita de milho da segunda safra brasileira — conhecida como “safrinha” — na temporada 2024/25. A nova projeção indica uma produção de 95,96 milhões de toneladas, 500 mil toneladas a menos do que o previsto anteriormente. O corte reflete os efeitos do clima seco sobre a produtividade em estados importantes como norte do Paraná, Minas Gerais e São Paulo.
Apesar dessa revisão, nas demais regiões do centro-sul, as condições climáticas seguem favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. A “safrinha” é responsável por cerca de 71% da produção de milho na região e, ainda que a colheita tenha se iniciado em algumas áreas no mês de junho, o resultado final dependerá do comportamento do clima nas próximas semanas.
Mesmo com a redução, a previsão ainda aponta um crescimento robusto em relação ao ciclo anterior. A consultoria estima um avanço de aproximadamente 10 milhões de toneladas na comparação com a temporada passada, impulsionado por um aumento de 4,1% na área plantada, que deve atingir 15,317 milhões de hectares.
O rendimento médio estimado para esta safra é de 6.265 quilos por hectare, superando os 5.839 quilos registrados na temporada 2023/24. Considerando também a produção da primeira safra e das regiões Norte e Nordeste, a produção total de milho no Brasil em 2024/25 deve alcançar 135,124 milhões de toneladas, um aumento considerável em relação às 125,56 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Esse crescimento reforça a posição estratégica do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de milho do mundo, ainda que o cenário climático exija atenção constante e possa impactar pontualmente o desempenho de algumas regiões.



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