Trump descarta flexibilizar tarifas sobre a China e mantém pressão por medidas contra o fentanil
- Núcleo de Notícias

- 8 de mai.
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Em meio a nova rodada de negociações na Suíça, presidente americano reforça postura dura e nega concessões tarifárias a Pequim

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (7) que não cogita reduzir as tarifas impostas à China, mesmo diante da expectativa de um novo ciclo de negociações comerciais entre os dois países. A declaração foi dada durante uma cerimônia oficial na Casa Branca, na presença da imprensa, marcando a posse do novo embaixador norte-americano em Pequim, David Perdue.
Trump foi taxativo ao responder se aceitaria flexibilizar a sobretaxa de 145% aplicada aos produtos chineses como forma de facilitar o diálogo: “Não”. Segundo o presidente, qualquer avanço nas conversas dependerá da disposição da China em combater com eficácia o tráfico de fentanil, droga sintética que tem causado milhares de mortes nos Estados Unidos. “Eles precisam impedir que o fentanil entre [no país]. Essa seria uma condição muito importante”, destacou.
A nova rodada de encontros entre representantes das duas potências está marcada para o fim de semana, na cidade de Genebra, na Suíça. No entanto, Trump rejeitou a versão de Pequim de que a iniciativa para o encontro teria partido de Washington. “Eles disseram que nós iniciamos [a reaproximação]? Bem, acho que eles deveriam recuar e dar uma olhada em seus arquivos”, rebateu, reafirmando que não cederá no embate comercial sem contrapartidas significativas.
Desde que Trump retomou seu cargo para um segundo mandato, impôs novas sanções à China, incluindo uma tarifa de 20% como resposta à alegada omissão de Pequim no combate ao narcotráfico internacional. A medida, somada à já robusta tarifa de 145% em vigor, intensificou a guerra comercial. A China, por sua vez, retaliou com taxas de 125% sobre produtos e serviços norte-americanos.
Apesar de manter a linha dura, o presidente americano indicou que ainda avalia eventuais exceções pontuais, como a possibilidade de isenções tarifárias para produtos destinados a bebês. Contudo, ponderou que a complexidade do sistema de isenções pode ser contraproducente. “Quero manter as coisas simples. Não quero que haja tantas isenções e que ninguém saiba o que está acontecendo”, disse. “Temos que simplificar muito, mas ainda vou analisar a questão.”



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