União Europeia quer restringir importação de alimentos do Mercosul devido a pesticidas
- Núcleo de Notícias
- 17 de fev.
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Nova medida atende a pressão de agricultores europeus e pode gerar reação dos EUA

A União Europeia está preparando novas restrições à importação de alimentos que tenham sido tratados com pesticidas proibidos no bloco, atendendo a reivindicações de produtores europeus que enfrentam regulamentações ambientais mais rígidas. A proposta, que será divulgada oficialmente nesta quarta-feira (12), pode afetar países do Mercosul, como Brasil e Argentina, que utilizam substâncias banidas na UE.
Nos últimos anos, agricultores europeus têm protestado contra as normas ambientais impostas pelo bloco, criticando o acordo comercial da UE com o Mercosul sob a justificativa de que os padrões ambientais dos países sul-americanos são menos rigorosos. O novo plano visa impedir que pesticidas considerados perigosos retornem ao mercado europeu por meio de alimentos importados.
A medida, no entanto, pode gerar atritos com os Estados Unidos. O presidente Donald Trump já acusou a UE de impor barreiras injustas ao comércio e pode retaliar com novas tarifas. O governo americano indicou recentemente que está analisando as regulações ambientais europeias como um fator que impacta as relações comerciais bilaterais.
A Comissão Europeia afirma que não haverá proibições generalizadas e que cada caso será analisado individualmente, levando em conta a necessidade de garantir a competitividade do mercado europeu. Além disso, o bloco busca diversificar suas fontes de proteína vegetal para reduzir a dependência de fornecedores como Brasil e Argentina.
A proposta ainda passará por avaliações de impacto para garantir conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas reforça o crescente protecionismo europeu sob o pretexto de normas ambientais, o que pode impactar as exportações agrícolas do Mercosul.
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