Vitória legislativa consolida poder de Javier Milei e amplia espaço para reformas econômicas na Argentina
- Núcleo de Notícias

- 27 de out.
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La Libertad Avanza conquista 40,8% dos votos e enfraquece o peronismo em redutos históricos; governo ganha fôlego político e força no Congresso

O governo do presidente Javier Milei saiu fortalecido das eleições legislativas de domingo (26) na Argentina. Com 40,84% dos votos em todo o país, o partido La Libertad Avanza (LLA) consolidou uma vitória expressiva, ampliando sua base no Congresso Nacional e reforçando o capital político do governo a dois anos do fim do mandato.
A coalizão peronista Fuerza Patria ficou em segundo lugar, com 24,5%, enquanto o bloco Provincias Unidas, formado por governadores independentes, não conseguiu romper a polarização entre libertários e peronistas. A participação eleitoral foi de 67,85% dos eleitores registrados, em um pleito marcado pela expectativa de confirmação da força política do presidente Milei.
O La Libertad Avanza obteve avanços em 11 distritos, entre eles Córdoba, Mendoza, Santa Fé, Salta, Entre Ríos, Corrientes, San Luis, Chaco, Jujuy, Tierra del Fuego e Cidade de Buenos Aires, onde Milei mantém aliança com o partido PRO, no poder local desde 2007. A disputa mais acirrada ocorreu na província de Buenos Aires, reduto histórico do peronismo, onde o libertário Diego Santilli, substituto de José Luis Espert, ficou entre os primeiros colocados, reduzindo significativamente a vantagem peronista de 13 pontos registrada em setembro.
Durante as comemorações em Buenos Aires, um deputado governista resumiu o sentimento da base aliada: “O povo votou em Milei, não apenas na La Libertad Avanza. Agora os governadores estão vindo conversar.” A derrota da Fuerza Patria foi interpretada como um duro revés para o peronismo, que não conseguiu repetir o desempenho das eleições anteriores.
Com o desempenho deste domingo, o governo Milei deverá ampliar substancialmente sua bancada na Câmara e no Senado, o que deve facilitar a aprovação de reformas econômicas, privatizações e cortes de gastos públicos que exigem maioria simples e quórum qualificado. A partir de dezembro, o Executivo também passará a contar com maior autonomia para sustentar vetos presidenciais e negociar com mais facilidade a abertura de sessões legislativas, reduzindo a dependência de acordos pontuais com a oposição.



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