Aiatolá emite 'fatwa' ordenando execução de Donald Trump e Netanyahu
- Núcleo de Notícias
- 1 de jul.
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Líder religioso xiita acusa Trump e Netanyahu de "inimigos de Allah" e exige punição pela ameaça ao aiatolá Ali Khamenei

O aiatolá iraniano Naser Makarem Shirazi, uma das principais autoridades religiosas do regime teocrático do Irã, emitiu no último sábado (28) uma fatwa — decreto religioso — sentenciando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à morte. A justificativa para a sentença é a acusação de que ambos cometeram um dos crimes mais graves da jurisprudência islâmica xiita: serem mohareb, ou seja, "inimigos de Allah".
Segundo Shirazi, as recentes ameaças contra o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, configuram um ataque direto à autoridade religiosa e espiritual máxima do país, e exigem retaliação. “Ameaçar a vida do líder supremo ou dos marjas do Islã é uma ofensa religiosa das mais graves. É obrigatório confrontar tais inimigos e fazer com que se arrependam de suas palavras e erros”, afirmou o aiatolá.
A emissão da fatwa aprofunda ainda mais a escalada entre o regime iraniano e os países ocidentais, especialmente após os ataques coordenados dos Estados Unidos e de Israel a instalações nucleares no território persa, no início de junho. Mesmo com um cessar-fogo em vigor, o clima permanece tenso e instável. O governo iraniano já havia classificado os ataques como "agressões ilegais" e suspendeu toda e qualquer cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), além de abandonar o monitoramento previsto pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
A nova fatwa marca mais um capítulo da radicalização promovida pelo regime iraniano, que continua a financiar grupos terroristas como Hamas e Hezbollah, enquanto impõe perseguições internas a dissidentes e ameaça líderes do Ocidente em nome da "defesa do Islã".
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