Atividade de serviços no Brasil recua pelo terceiro mês e setor registra pior desempenho trimestral desde 2021
- Núcleo de Notícias
- 3 de jul.
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Demanda fraca, custos elevados e juros altos afundam confiança no setor de serviços, que termina o segundo trimestre com retração significativa

A atividade de serviços no Brasil voltou a encolher em junho, aprofundando a trajetória negativa do setor, que já se estende por três meses consecutivos. Segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), divulgado nesta quinta-feira (3) pela S&P Global, o índice do setor caiu de 49,6 em maio para 49,3 em junho. Como o indicador permanece abaixo do nível neutro de 50, isso indica nova contração na atividade.
Com o setor industrial também em queda, o PMI Composto do Brasil recuou de 49,1 em maio para 48,7 em junho, o menor nível desde janeiro. A leitura média do índice no segundo trimestre foi a mais fraca desde o primeiro trimestre de 2021, quando a economia ainda sentia os impactos da pandemia.
“O segundo trimestre deixa sinais preocupantes sobre a saúde do setor privado brasileiro. A produção caiu tanto na indústria quanto nos serviços, refletindo a perda de força da demanda em meio ao encarecimento do crédito e à deterioração das condições de negócios”, explicou Pollyanna De Lima, diretora associada da S&P Global Market Intelligence.
As empresas consultadas relataram que a retração da produção em junho decorre da redução das encomendas, do ambiente de crédito caro e das dificuldades para estimular a demanda. Os custos de insumos voltaram a subir, com aumentos registrados em produtos de limpeza, materiais de construção, alimentos, combustíveis, energia e mão de obra. Empresários também demonstraram receio diante da elevada taxa Selic, hoje fixada em 15%.
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