Boletim Focus indica cenário de estagnação econômica e persistência inflacionária para o Brasil
- Núcleo de Notícias

- 27 de out.
- 3 min de leitura
Mercado projeta 2025 com dólar elevado, juros altíssimos e PIB praticamente parado, sinalizando falta de confiança no futuro da economia brasileira

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. (Fonte: bcb.gov.br)
INFLAÇÃO
As expectativas de inflação para 2025 continuam elevadas, revelando pessimismo quanto à capacidade do governo de controlar os preços. A projeção para o IPCA caiu de 4,70% para 4,56%, a quinta revisão consecutiva para baixo — mas o patamar ainda permanece acima da meta, refletindo incerteza e desconfiança sobre a política fiscal.
Para os anos seguintes, o movimento de queda segue tímido e insuficiente para sinalizar estabilidade. O mercado estima 4,20% para 2026 (ante 4,27%), 3,82% para 2027 (ante 3,83%) e 3,54% para 2028 (ante 3,60%). A percepção é de que a trajetória de inflação segue longe de um controle efetivo.
No caso do IGP-M, indicador sensível a custos de insumos e variações cambiais, a previsão para 2025 despencou de 0,87% para 0,49%, sugerindo retração da atividade. Para 2026, a projeção é de 4,20%, enquanto 2027 mantém 4% e 2028 recua ligeiramente de 3,91% para 3,86%.
Os preços administrados dentro do IPCA — como energia e combustíveis — seguem pressionando o quadro inflacionário. Para 2025, a estimativa passou de 4,97% para 4,92%; para 2026, caiu de 3,96% para 3,89%. Já para 2027, houve leve alta de 3,84% para 3,85%, e para 2028, avanço de 3,60% para 3,70%.
CÂMBIO
O real segue enfraquecido, e as projeções apontam para um dólar caro pelos próximos anos. A cotação esperada para 2025 caiu apenas de R$ 5,45 para R$ 5,41, um recuo marginal que indica pouca confiança na política econômica.
Para os anos seguintes, o mercado projeta estabilidade no patamar elevado: R$ 5,50 em 2026, R$ 5,50 em 2027 (ante R$ 5,51) e R$ 5,50 em 2028 (ante R$ 5,56). O movimento reforça o pessimismo com o ambiente fiscal e a fuga de capitais estrangeiros.
PIB
As projeções para o crescimento da economia brasileira seguem anêmicas. Para 2025, o PIB foi revisado de 2,17% para 2,16%, mostrando que o mercado não acredita em aceleração da atividade.
O cenário para os próximos anos tampouco inspira otimismo: para 2026, a projeção recuou de 1,80% para 1,78%; para 2027, ficou praticamente estável, passando de 1,82% para 1,81%; e para 2028, permanece em 2%, sem alteração há 85 semanas — sinal de que a estagnação deve persistir.
JUROS (SELIC)
A taxa básica de juros continua elevada e sem perspectiva de alívio no curto prazo. A projeção para 2025 permanece em 15% pela 18ª semana consecutiva, indicando que o mercado não enxerga espaço para cortes diante do descontrole fiscal e da desconfiança em relação ao governo.
Para os anos seguintes, o cenário também é de juros altos: 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028 — o mesmo patamar há 44 semanas. Essa estabilidade artificial reflete a percepção de que a política monetária continuará restritiva por muito tempo para conter a pressão inflacionária e o desequilíbrio das contas públicas.
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Carlos Dias.
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